Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Sambuy, Marina Tommasini Carrara de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-05062018-093458/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A Moléstia de Dupuytren (MD) é uma doença crônica progressiva fibroproliferativa caracterizada por contraturas em flexão dos dedos. A origem deste processo está na proliferação de miofibroblastos e na síntese de matriz extracelular. Diversas técnicas já foram descritas no tratamento da MD. A falta de uma técnica capaz de associar altas taxas de sucesso com baixos índices de complicações e recidivas estimulou a procura por novas técnicas. Acredita-se que a propriedade totipotente das células-tronco presentes no tecido adiposo seria capaz de atuar na proliferação e na diferenciação dos fibroblastos em miofibroblastos, interrompendo a formação da fibrose e consequentemente a progressão da deformidade dos dedos. OBJETIVO: O objetivo primário deste estudo foi avaliar o efeito do enxerto de gordura, rico em células-tronco, nos pacientes com MD, submetidos a fasciectomia parcial aberta, por meio de avaliação funcional e goniométrica, e comparar com a técnica convencional (sem adição de enxerto de gordura). MÉTODO: Dois grupos totalizando 45 pacientes (24 pacientes no Grupo Controle e 21 no Grupo com gordura) foram operados pela técnica da fasciectomia parcial aberta. No Grupo controle era realizada apenas a fasciectomia parcial aberta. No Grupo com gordura, era realizada a fasciectomia parcial aberta e injetado, no local da corda ressecada, o enxerto de gordura, após o processamento do lipoaspirado de adipócitos proposto por Coleman (2006). O estudo foi prospectivo, randomizado e terapêutico. Os desfechos foram avaliados pela medida goniométrica do Déficit de Extensão Passiva Total (DEPT) e pelo escore funcional Brief Michigan Hand Questionnaire (BMHQ). As avaliações eram feitas no pré-operatório, com 6 semanas, 6 meses, 1 ano e 2 anos de seguimento. RESULTADOS: Na comparação com 6 semanas de pós-operatório, houve um aumento significativo da dor no Grupo com Gordura [mediana 2 ± 2,82 versus 0 ± 1,86 no grupo Controle (p=0,045)]. Os resultados do DEPT, não mostraram diferença significativa entre os grupos. Observamos piores resultados do escore funcional BMHQ com 6 meses e 1 ano de pós-operatório no Grupo com gordura (p=0,040 e p=0,047, respectivamente). Observamos ainda 9 casos (43%) de complicações no Grupo com gordura e 2 (8%) no Grupo Controle (p=0,019). CONCLUSÃO: O uso do enxerto de gordura associado à fasciectomia parcial aberta promoveu piores resultados funcionais comparado com a fasciectomia parcial aberta convencional, no curto prazo (um ano de seguimento pós-operatório). No entanto, resta a dúvida de qual seriam os resultados a longo prazo e, se as células-tronco, presentes no enxerto de gordura, poderiam interferir na recidiva da doença futuramente |