Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva Neto, Mayara da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-01032019-122412/
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Resumo: |
O pedido, no âmbito da Pragmática cross-cultural, tem sido estudado por diversos pesquisadores, tanto por ser um dos exemplos mais claros de que é possível fazer coisas com as palavras, como prevê a Teoria dos Atos de Fala (Austin, 1962), quanto por seu potencial de ameaçar a face positiva de quem o profere e negativa de quem o recebe, conforme postularam Brown e Levinson (1987). Tendo em vista esses pressupostos, a pesquisa aqui apresentada teve o intuito de investigar a percepção que aprendizes brasileiros de italiano e falantes nativos dessa língua têm da cortesia linguística presente em pedidos realizados em italiano, a fim de verificar se há semelhanças ou disparidades nas percepções relatadas pelos diferentes grupos e quais são os elementos que podem motivar essas percepções. Para tal, uma amostra de oito pedidos, gravados em áudio e vídeo, foi apresentada aos informantes brasileiros e italianos, que deveriam indicar, em uma escala de 1 a 5, qual o nível de cortesia neles presente, além de indicar, em um conjunto de 19 variáveis, o quanto elas influenciaram a percepção relatada. O corpus coletado é composto por 40 aprendizes brasileiros e 51 italianos e, a partir da análise dos dados, concluímos que i) quatro dos oito pedidos avaliados pelos informantes suscitaram percepções análogas e, consequentemente, outros quatro pedidos causaram percepções diversas; ii) algumas variáveis (modificadores de força ilocucionária e aspectos como a entoação) tiveram impacto significante sobre a percepção da cortesia em geral e, quanto a cada pedido em específico, que nem sempre a presença de modificadores de força ilocucionária influencia a percepção da cortesia, podendo também a ausência desses elementos ter um impacto positivo ou negativo. Também concluímos que uma grande quantidade de modificadores não necessariamente resulta em uma alta percepção da cortesia. |