Aspectos da emergência, crescimento inicial e suscetibilidade a herbicidas utilizados em cana-de-açucar de Merremia cissoides (Lam.) Hall. f., Neonotonia wightii (Am.) Lackey e Stizolobium aterrimum Piper & Tracy

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Campos, Luiz Henrique Franco de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-12092011-153944/
Resumo: A área de produção da cana-de-açúcar colhida mecanicamente sem a queima da palhada tem crescido consideravelmente nas últimas décadas, causando algumas alterações, selecionado algumas espécies de plantas daninhas por emergirem com facilidade sob a palha. Porém poucos estudos científicos têm sido conduzindo para elucidar este incremento na incidência. Assim sendo, esta pesquisa foi conduzida com o objetivo de avaliar: emergência de Merremia cissoides (Lam.)Hall. f., Neonotonia wightii (Am.) Lackey e Stizolobium aterrimum Piper & Tracy sob diferentes quantidades de palha e alocação das sementes em relação à camada de palha de cana-de-açúcar (profundidade); crescimento inicial das três espécies; e suceptibilidade diferencial aos herbicidas amicarbazone, imazapic e sulfentrazone. Os experimentos de emergência e de crescimento inicial foram desenvolvidos em casa-de-vegetação do Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba-SP. O trabalho de suceptibilidade a herbicidas foi desenvolvido em área pertencente à Usina São Martinho S/A, no município de Iracemápolis SP, com os herbicidas amicarbazone, imazapic e sulfentrazone, por meio de curvas de dose-resposta, onde foram aplicadas oito doses de cada herbicida, em pré-emergência. As doses utilizadas foram: 8D, 4D, 2D, D, 1/2D, 1/4D, 1/8D e testemunha sem aplicação; sendo D a dose recomendada de amicarbazone (1.200 g ha-1), ou de imazapic (147 g ha-1), ou de sulfentrazone (800 g ha-1). A emergência das plântulas foi verificada semanalmente até 21 dias após a semeadura (DAS). Ocorrendo maior emergência das espécies Merremia cissoides e Neonotonia wightii nas parcelas sem a camada de palha, e em menores profundidades de alocação das sementes no solo (35,4 e 49 %), demonstrando que apesar de serem plantas daninhas de alta incidência nas áreas de cana colhida sem queima prévia da palha, possuem sua emergência afetada pelas condições de palha e profundidade da semente no solo. Para a espécie S. aterrimum, não houve efeito de nenhum dos tratamentos, indicando ser uma planta altamente adaptada para as condições de colheita mecanizada e profundidade de alocação das sementes (87,5%). Para o ensaio de crescimento, foi observada a elevada capacidade que a planta daninha S. aterrimum possui em produzir fitomassa (25 g planta-1). A variável área foliar (Af) acompanhou o ganho de massa pela parte aérea, para as três espécies estudadas, contudo, próximo do final do experimento, apresentou estabilização da massa seca da parte aérea (Ma), sendo que S. aterrimum apresentou maior taxa de crescimento inicial e acúmulo de massas seca total, além do maior acúmulo de área foliar (Af). A espécie N. wightii apresentou crescimento inicial lento quando comparada com as outras espécies estudadas. Os níveis de controle indicaram que os herbicidas amicarbazone, sulfentrazone e imazapic controlaram as espécies M. cissoides e N. wightii (379, 814 e 152 g ha-1) para C80, porém na espécie S. aterrimum, somente o herbicida amicarbazone controlou adequadamente (1681 g ha-1), portanto foi à espécie de maior dificuldade de controle, dentre as espécies estudadas neste trabalho.