Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Rossi, Paulo José |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-28042010-095602/
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Resumo: |
O fotógrafo alemão August Sander (1876-1964) foi autor de uma das mais apreciadas obras fotográficas do século passado, Homens do século XX (HHSX), um projeto de fotografia documental de grande envergadura, iniciado na década de 1920, composto basicamente por retratos, por sua vez organizados segundo o critério de classificação de tipos da sociedade elaborado pelo próprio fotógrafo. Alguns dos retratos são descritos neste trabalho pormenorizadamente a fim de encontrar nas suas propriedades visíveis indicações referentes aos esquemas de percepção que Sander empregava em sua visão de mundo. As análises dessas imagens são confrontadas com os critérios de classificação por ele adotados e articuladas a um manancial de informações relacionado ao ambiente fotográfico da época, ao contexto sócio-político da Alemanha e à biografia do fotógrafo. Este procedimento levou à hipótese central da pesquisa: mais do que representações de tipos sociais, como de fato acreditava Sander, HSXX é antes um conjunto de estereótipos no sentido de seus retratos serem realidades construídas que correspondem a um modo de percepção social. Enquanto à percepção do real, a maioria dos retratos corresponde a estereótipos pré-concebidos socialmente. O presente estudo parte do princípio de que Homens do século XX é a narração da interpretação de Sander sobre aquele período histórico da Alemanha. Deste ponto de vista, a análise empreendida não interpreta somente a obra, mas também interpreta a interpretação circunstanciada daquele que a concebeu. Não se trata, portanto, de um estudo sobre os fatos narrados, mas sim sobre a forma como Sander os narrou, sua percepção do mundo inscrita na interpretação que ele faz do real circunstanciada por diversos fatos sociais. |