Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Raissa Pereira Cintra de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-04052010-095336/
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Resumo: |
Esta dissertação pretende investigar a atuação profissional da arquiteta Lina Bo Bardi, mais particularmente analisando e discutindo o modo como a arquiteta procura solucionar a relação entre o antigo e o novo nas intervenções em espaços públicos considerados representativos da memória coletiva. Primeiramente, investiga-se sua formação e trajetória a fim de apontar alguns momentos paradigmáticos da discussão sobre a possibilidade do convívio entre permanência e inovação, o que, de certa forma, condiz com uma postura crítica frente à idéia de ruptura com o passado promovida pelo movimento moderno de vanguarda. Desta forma, são estudadas as nuances históricas da convivência entre o antigo e o novo, principalmente a partir das reflexões inseridas no contexto do pós-guerra europeu, onde a destruição de inúmeras cidades projeta grandes expectativas com relação à reconstrução, e conseqüentemente, suscita, nos domínios das disciplinas da arquitetura, do urbanismo e do restauro, importantes discussões sobre o modo de se fazer tais intervenções. Num segundo momento, são analisados dois projetos de Lina - a proposta para o Concurso: Vale do Anhangabaú em São Paulo e o Projeto para o Centro Histórico de Salvador, ambos da década de 1980, entendidos aqui como exemplos significativos de intervenções urbanas na trajetória profissional da arquiteta e também reveladores de sua formação, ao mesmo tempo afinada com o debate do pós-guerra e em sintonia com a situação brasileira através de um olhar específico e crítico. Cabe dizer que estes projetos analisados são concebidos num momento em que as nossas categorias culturais estão sendo questionadas e modificadas num propósito de democratização e ampliação do acesso à cidade e, portanto, dos espaços públicos e da memória. Isto é verificado na tentativa de modernização do Sphan, órgão ligado à preservação dos bens patrimoniais, assim como na proliferação de concursos públicos. Esta abordagem reconstitui uma postura profissional baseada em práticas e fundamentos que podem contribuir para as atuações profissionais contemporâneas a fim de se colocar como contraponto dos discursos que participam de uma noção meramente especulativa das intervenções nas cidades. |