O retorno financeiro das atividades realizadas pela enfermagem em uma Unidade de Terapia Intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Teixeira, Renata Valéria Longo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-22082012-160114/
Resumo: O enfermeiro tem sido cada vez mais requisitado para envolver-se nas decisões financeiras nas organizações de saúde. Sua participação no gerenciamento dos custos associado à assistência de enfermagem é importante para conhecer o quanto a enfermagem contribui para o faturamento de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ao faturamento de um hospital e evidenciar, financeiramente, a relevância do trabalho desse profissional. No entanto, a literatura brasileira carece de estudos nesse aspecto. O objetivo deste estudo foi levantar o valor do faturamento gerado pelos procedimentos de enfermagem, mediante as prescrições médica e de enfermagem, identificar as atividades de enfermagem que são realizadas, mas não recebem pagamento pelas operadoras de saúde e estimar a perda monetária do hospital pela não taxação das atividades de enfermagem, em uma. Tratou-se de um estudo de caso exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido na UTI Cardiológica de um hospital geral filantrópico, com 319 leitos, na cidade de São Paulo. A amostra total calculada para 3 meses foi de 168 pacientes. O faturamento médio gerado pelas prescrições de enfermagem e médica foi de R$ 773,98, e R$ 333,06 corresponderam à prescrição de enfermagem e R$ 440,92, à prescrição médica. Em relação ao valor gerado pela prescrição de enfermagem (R$333,06), R$ 261,67 corresponderam ao pagamento de materiais de consumo e R$ 71,39, ao pagamento de taxas. Em relação ao valor gerado pela prescrição médica (R$ 440,92), R$ 322,51 corresponderam ao pagamento de materiais de consumo e R$ 118,41, ao pagamento de taxas. Os procedimentos da prescrição de enfermagem que mais contribuíram para o faturamento foram a troca de filtro bacteriano (R$ 10.342,80), a realização de punção venosa (R$ 8.062,99), o curativo de ferida operatória (R$ 5.315,26) e o curativo de traqueostomia (R$ 4.762,42). Os procedimentos provenientes da prescrição médica que mais geraram faturamento foram a realização de glicemia capilar (R$ 21.602,06), passagem de pressão arterial invasiva (R$ 14.220,56) e a passagem de sonda gástrica/enteral (R$ 20.239,00). A perda média estimada foi de R$ 480,65 por paciente da amostra. A estimativa média de perda para a amostra estudada foi de R$ 81.263,65. A projeção de perda média de faturamento, para o período dos 3 meses do estudo, para a amostra selecionada, foi de R$ 153.391,15. A extrapolação da estimativa de perda média para o período de um ano, para a amostra selecionada, foi de R$ 613.564,60. Do faturamento total da amostra selecionada, as atividades de enfermagem contribuíram com 1,7% do faturamento, e 0,65% corresponderam aos procedimentos executados mediante a prescrição de enfermagem e 1,05%, aos procedimentos provenientes da prescrição médica