Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Emanuella Barros dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-31072019-110249/
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Resumo: |
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença com início súbito que pode afetar o funcionamento físico, cognitivo e comportamental de uma pessoa. Diante das inúmeras transformações que pode causar, há grande chance de os sobreviventes vivenciarem a ocorrência do AVC como uma experiência estressante. O presente estudo teve como objetivo analisar a trajetória e identificar os preditores do estresse psicológico dos idosos sobreviventes do AVC. Tratou-se de um estudo longitudinal e prospectivo, realizado no Distrito Federal. A amostra foi constituída por 50 idosos sobreviventes do AVC recrutados do setor de Emergência do Hospital de Base do Distrito Federal. A coleta de dados foi realizada em três momentos, a saber: duas semanas (T1), três meses (T2) e seis meses (T3) após a alta hospitalar. O instrumento para coleta de dados foi composto por questões sociodemográficas, clínicas, Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Escala de Estresse Percebido - 10 itens (EEP-10), Escala do AVC do National Institute of Health (NIHSS), Medida da Independência Funcional (MIF), Escala de Depressão Geriátrica - 15 itens (EGD15).A média de idade dos sobreviventes do AVC foi de 70,3 (7,6) anos. Houve predomínio de idosos mais jovens (60 a 79 anos) e sem companheiro (54%). A amostra foi composta por número igualitário de participantes do sexo masculino e feminino. Os sobreviventes estudaram, em média, 4,2 anos, e a maioria recebia de um a dois salários mínimos (70%). O AVC isquêmico foi o tipo do AVC mais prevalente (96%). A média do número de comorbidades foi de 2,36 (DP=0,8), sendo que 78% dos idosos possuíam de duas a três comorbidades. A média da EEP-10 apresentou declínio no decorrer dos seis meses (p<0,001). Houve diferença estatisticamente significativa entre as médias da EEP-10 nos momentos T1 e T2, T1 e T3, sendo mais acentuada entre os momentos T1 e T3 (p<0,001). Entre T1 e T3, a média da EEP-10 dos idosos sobreviventes do AVC apresentou queda de quase seis pontos (p<0,001). Não houve associação entre o estresse psicológico e as variáveis sociodemográficas (sexo, renda, idade, estado civil) no T1, T2, T3. Os idosos com cuidador apresentaram maior média na EEP-10 quando comparados aos idosos sem cuidador no T1 (p=0,003), T2 (p<0,001) e T3 (p=0,02). Os idosos com depressão apresentaram maior média na EEP-10 quando comparados aos idosos sem depressão no T1 (p<0,001), T2 (p<0,001) e T3 (p<0,001). Os sobreviventes com AVC moderado apresentaram maior média na EEP-10 quando comparados aos idosos com AVC leve no T1 ((p=0,001), T2 (p=0,006) e T3 (p<0,001). A redução da média da EEP-10 apresentou relação com o aumento da média da MIF (p=0,04) e a redução da média de EGD-15 (p<0,001). A média da MIF (?=-0,61; p=0,015) e da EGD-15 (?=0,30; p=0,01) no T1 foram preditores da média da EEP-10 no T3. Conclui-se que o estresse psicológico dos idosos sobreviventes do AVC diminui no decorrer dos seis meses após a alta hospitalar para casa. Além disso, menor funcionalidade e maior número de sintomas depressivos duas semanas após a alta prevêem maior nível de estresse psicológico seis meses após a alta |