Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Stanzani, Livia Maria Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-20092017-153141/
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Resumo: |
O objetivo deste estudo é verificar se a apresentação das despesas por função na DRE proporciona menor capacidade preditiva aos usuários, especialmente aos analistas de mercado, comparada à apresentação das despesas por natureza. O CPC 26 permite duas formas de apresentação das despesas na DRE, função ou natureza, o que é caracterizado como uma escolha contábil de apresentação. No entanto, se a empresa optar pela divulgação por função, deve apresentar, também, a informação por natureza em nota explicativa, dado que essa informação apresenta capacidade preditiva, segundo o IASB. No Brasil, a lei 6.404/76 induz a maioria das empresas a divulgar as despesas por função, o que torna a informação por natureza disponível, também, para a maioria das companhias. Existem estudos que analisam como os critérios de mensuração e reconhecimento afetam a capacidade preditiva da informação divulgada. Outros trabalhos sugerem que as escolhas contábeis de reconhecimento e mensuração podem interferir na acurácia das projeções dos analistas de mercado. Entretanto, a forma como a escolha de apresentação dos itens na DRE interfere na capacidade preditiva dos usuários, especialmente para os analistas de mercado, não está suficientemente clara na literatura. Mais especificamente com relação à forma de apresentação das despesas, não se sabe se a escolha de um método em detrimento de outro pode impactar a qualidade da informação para o usuário. Então, foram analisadas 54 empresas brasileiras de capital aberto, pertencentes a seis setores da BOVESPA, durante um período de cinco anos, por meio da utilização de análise de dados em painel. De um modo geral, os resultados sugerem que a informação por natureza é mais preditiva para o usuário e que os analistas podem errar menos em suas projeções de resultado com o uso da informação sobre despesas apresentada por natureza, dado que esta informação é disponibilizada em nota explicativa nos demonstrativos contábeis das companhias brasileiras. Assim, o estudo traz evidências de que a escolha da forma de apresentação das despesas na DRE não é indiferente para o usuário, já que pode afetar a sua capacidade de predizer fluxos de caixa futuros. Além disso, como contribuição prática, espera-se mostrar que os analistas podem melhorar a acurácia de suas previsões ao utilizarem o método de apresentação das despesas por natureza para realizar suas projeções, especialmente quando analisam empresas com alto nível de custos fixos. |