Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fiório, Cleiton Eduardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-04102021-143816/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis são as maiores responsáveis pela mortalidade no mundo, destacando-se as doenças cardiovasculares. A hipertensão arterial e o diabetes constituem alguns dos mais importantes fatores de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional realizado no município de São Paulo em 2003, 2008 e 2015 que analisou 1.667, 2.086 e 3.184 indivíduos, respectivamente, com idade de 20 anos e mais (ISA-CAPITAL), através de dados obtidos por um questionário estruturado aplicado em amostras por conglomerados em dois estágios. Foram realizadas análises descritivas das prevalências de hipertensão arterial e diabetes com respectivos intervalos de 95% de confiança. Análises simples e múltiplas foram realizadas para analisar possíveis associações com as variáveis socioeconômicas, demográficas e de estilo de vida por meios de regressão de Poisson. Também foi realizada análise descritiva do uso dos serviços e comorbidades RESULTADOS: A prevalência de hipertensão arterial autorreferida entre os adultos passou de 17,2% (IC 95% 14,8 19,9) em 2003 para 23,2% (IC 95% 21,5 25,0) em 2015. Os fatores associados positivamente à hipertensão foram: sexo feminino (RP: 1,2; IC 95% 1,0 1,4); idade avançada (60 anos e mais) (RP: 1,6; IC 95% 2,2 3,1); situação conjugal: casados (RP: 1,5; IC 95% 1,2 1,9), separados (RP: 2,0; IC 95% 1,5 2,8) e viúvos (RP 1,6; IC 95% 1,2 2,2); ter religião (RP: 1,3; IC 95% 1,0 1,7); escolaridade: ensino fundamental 2 (RP: 1,3; IC 95% 1,0 1,7), ensino fundamental 1 (RP: 1,6; IC 95% 1,3 2,0) e nenhuma escolaridade (RP: 1,4; IC 95% 1,0 2,0); ter nascido no estado de São Paulo (exceto capital) (RP: 1,2; IC 95% 1,0 1,5); índice de massa corporal (IMC): abaixo do peso (RP: 1,2; IC 95% 1,0 1,5), sobrepeso (RP: 1,7; IC 95% 1,4 2,0) e obesidade (RP: 2,4; IC 95% 2,1 2,9); tabagismo: ex fumantes (RP: 1,2; IC 95% 1,0 1,4). A prevalência de diabetes autorreferido neste município passou de 5,0% (IC 95% 4,0 6,2) em 2003 para 7,7% (IC 95% 6,8 8,7) em 2015. Os fatores que estiveram associados positivamente ao diabetes foram: idade avançada (RP: 4,0; IC 95% 3,0 5,4); situação conjugal: casado (RP: 2,0 IC 95% 1,3 3,2), separado (RP: 2,7; IC 95%1,5 4,7) e viúvo (RP: 2,2; IC 95% 1,3 3,7); nenhuma escolaridade (RP: 1,8; IC 95% 1,1 3,1); ter nascido no estado de São Paulo (exceto capital) (RP: 1,4; IC 95% 1,0 1,9); índice de massa corporal (IMC): sobrepeso (RP: 1,7; IC 95% 1,2 2,4) e obesidade (RP: 2,4; IC 95% 1,8 3,2), tabagismo: ex fumantes (RP: 1,3; IC 95% 1,0 1,6). O uso de álcool apresentou associação inversa com diabetes (RP: 0,7; IC 95% 0,5 1,0). Hipertensos e diabéticos buscaram mais e constantemente os serviços de saúde que a população geral, e a proporção de comorbidades que acompanha estes dois grupos também foi mais elevada que nos demais indivíduos. CONCLUSÃO: As prevalências de hipertensão e diabetes apresentaram aumento estatisticamente significante no período estudado. Considerando o impacto destas doenças na sociedade, conhecendo suas atuais prevalências e identificando seus principais fatores associados, evidencia-se a necessidade de intensificar as atividades que contribuam para a prevenção destes agravos, atenuando os danos aos indivíduos e gastos pelo poder público. |