Parque Augusta na luta pelo comum urbano: uma etnografia de redes e ruas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Maria de Lourdes Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-10052019-072108/
Resumo: Palco de manifestações multitudinárias neste início de século, as cidades têm presenciado o embate entre os desejos subjetivos por habitar espaços inclusivos, sustentáveis, compartilhados e geridos entre todos, e a crescente exclusão e destruição dos espaços comuns, provocadas principalmente pela especulação imobiliária e pelo consumo como experiência de vida. Em luta por um direito à cidade renovado, calcado no fazer cidade entre todos, de baixo para cima, coletivos de ativistas e movimentos de moradores vêm se conformando como laboratórios de comuns urbanos em todo o mundo. Em cinco anos de luta pela criação de um parque no Centro de São Paulo, impedindo a construção de três torres de concreto em uma região já adensada e com baixo índice de áreas verdes, o Movimento Parque Augusta tornou-se, a partir de suas práticas, um símbolo das possibilidades geradas nesses laboratórios, experimentando e produzindo em comum, como uma comunidade epistêmica. Este estudo traz um relato das características que permitem configurar o Movimento Parque Augusta como um comum urbano, construído em dois anos de observação colaborativa, análise de documentos e redes digitais. Ele mostra como a constituição da comunidade e sua governança, as ferramentas de ação, deliberação e comunicação por ele utilizadas, bem como os produtos construídos em comum, formam um protótipo que entregam como legado para coletivos e lutas afins