Modelo econômico-operacional para o dimensionamento do transporte intermodal de cargas pela Hidrovia Tietê-Paraná.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Mendes, André Bergsten
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3135/tde-22082017-074928/
Resumo: A Hidrovia Tietê-Paraná é um complexo hidroviário que atravessa a região sudeste do Brasil e constitui um meio de transporte alternativo ainda pouco explorado, que interliga 5 grandes estados brasileiros, além de ser um elo de ligação com os países do MERCOSUL. O gabarito da hidrovia limita barcaças a dimensões principais de 60m x 11m x 2,5m, mas que acopladas formam comboios com capacidade de até 4500t. Estas embarcações podem transportar cargas de granel sólido (commodities agrícolas) e de granel líquido (combustíveis) no longo curso, areia e cana-de-açúcar em curtas distâncias, sendo que experiências com carga geral também foram feitas. Devido ao fato dos centros produtores e dos centros consumidores estarem distantes da hidrovia, a eficiência do transporte hidroviário é altamente dependente da eficiência do sistema logístico em que está inserido. Desta forma, tanto os sistemas de transporte nas pontas de origem e destino (rodoviário e ferroviário), como também a armazenagem nos terminais intermodais devem estar operando de maneira eficaz e balanceada para tornar este sistema competitivo. O objetivo desta pesquisa é dar uma resposta eficiente e realista ao problema de dimensionar um sistema de transporte utilizando modais combinados. Desta forma, dado uma origem e um destino, um tipo de carga, sua demanda mensal, os modais de transporte utilizados, busca-se dimensionar cada parte deste sistema intermodal, fornecendo como resposta a configuração de frota de caminhões e o número de viagens necessárias, o número de composições ferroviárias e a frequência de requisição das mesmas, a frota de embarcações fluviais e a capacidade dos terminais de carga. O dimensionamento é focado na solução que atende à demanda a um mínimo custo. Desta forma, os aspectos econômicos de cada operação também são considerados. Para resolver este problema complexo, utilizou-se a técnica de simulação probabilística, pois a mesma permite modelar com maior precisão a interação entre os diversos subsistemas, além de poder representar os fenômenos aleatórios presentes. A simulação também é uma boa ferramenta para lidar com os congestionamentos observados na passagem em eclusas, canais e na utilização de berços dos terminais. O sistema consiste de um módulo de entrada de dados, no qual o usuário define o cenário padrão que deverá ser simulado. O modelo computacional foi desenvolvido na linguagem de simulação ARENA, o qual conta com uma rica interface gráfica, módulos de análise de dados (input and output analyser), ferramentas para construção de templates personalizados, programação complementada por recursos do Visual Basic for Applications e um gerenciador de cenários que permite programar diversas rodadas consecutivas do modelo. O modelo foi aplicado à Hidrovia Tietê-Paraná e aos modais a ela associados, e permitiu dimensionar um sistema intermodal com menor custo total do que o transporte de grãos exclusivamente rodoviário.