Estabelecimento de uma estação de monitoramento de longo prazo em habitat bentônico de substrato consolidado no litoral do Atlântico Sul: (Ecorregião Southeastern Brazil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sandy, Bruno Lenhaverde
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-28102017-112320/
Resumo: Projetos de monitoramento de longo prazo estão sendo desenvolvidos internacionalmente a fim de monitorar continuamente os impactos que as mudanças climáticas globais vêm gerando nas comunidades marinhas bentônicas, entretanto, no âmbito nacional, há uma carência desse tipo de estudo e dados para a costa brasileira. O objetivo do presente estudo foi a instalação de uma estação de monitoramento de longo prazo, bem como a caracterização da comunidade bentônica presente no médiolitoral do costão rochoso à direita da Enseada de Palmas, no Parque Estadual da Ilha Anchieta (Ubatuba, SP) seguindo as diretrizes do \"Protocolo de Médiolitoral para Monitoramento de Comunidades de Costão Rochoso\" da ReBentos (Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros). As amostragens dependentes semestrais (n = 3) foram realizadas no período de um ano, compreendendo o inverno de 2014 e o verão de 2015, utilizando fotoquadrados de 10x10 cm na faixa superior e 25x25 cm nas faixas intermediária e inferior. A análise variância ANOVA two way para dados repetidos revelou variação sazonal na largura das faixas das unidades operacionais (UO) Tetraclita (39,1 cm) e Macroalgas (27 cm) e no recobrimento percentual médio (RPM) das UO Cianobactéria (12,6%) na faixa superior, T. stalactifera (16,6%), Espaço vazio (38,4%) e Algas Calcárias Articuladas (55,7%) na faixa intermediária. As análises multivariadas (Cluster, nMDS e PCA) revelaram alta similaridade para as faixas superior (80%) e inferior (85%) e baixa (65%) para a faixa intermediaria, indicando que as maiores diferenças entre verão e inverno foram encontradas nesta faixa. Como o médiolitoral apresenta UO bioindicadoras de monitoramento, como T. stalactifera, A. beauvoisii e Sargassum vulgare, e de variação sazonal, então eleva-se a importância da realização, integração e continuidade de projetos de monitoramento de longo prazo em costões rochosos a fim de gerar dados históricos ao longo do litoral brasileiro