Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Melo, Mariana Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-08052019-082622/
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Resumo: |
O conhecimento e compreensão dos processos que regem a dinâmica das comunidades são alguns dos objetivos da ecologia. Com o crescente impacto gerado pelas ações antrópicas e em particular a existência de mudanças climáticas globais, estudos para entender a distribuição de comunidades se tornam mais necessários. Especialmente no Brasil, que mesmo com o aumento considerável de pesquisas, os costões rochosos ainda são ambientes pouco investigados, o que dificulta a detecção de mudanças na estrutura dessas comunidades devido a ausência de observações prévias. No entanto, poucos são os projetos em costões rochosos que visam detectar estas alterações ao longo do tempo e estão ainda em sua fase inicial. Como alternativa, estudos descritivos realizados em décadas prévias se constituem em uma linha de base e fonte de comparação para que seja determinado o status atual da comunidade. Com base em dados pretéritos da década de 1980, esse estudo tem como objetivo a comparação temporal da estrutura da comunidade bentônica do costão à direita da Praia de Itaguá em Ubatuba, município do litoral norte do Estado de São Paulo. As coletas foram feitas no mesmo local e utilizando o mesmo delineamento experimental durante o inverno de 2017. Foram utilizadas duas estratégias: a primeira para determinação do padrão de zonação, com amostragens ao longo de transecção vertical desde o supralitoral até a parte inferior do médiolitoral, utilizando-se elementos amostrais quadrados de 50 x 50cm. Para determinar a composição de espécies e repartição espacial na faixa inferior do mediolitoral, foram aleatorizados elementos amostrais quadrados de 20 x 20cm. Em ambos os casos foram avaliados o recobrimento percentual das espécies dominantes e no primeiro, a largura das faixas de organismos dominantes. ANOVA one-way foi aplicada, sendo os dados considerados paramétricos, de forma a sustentar a hipótese estabelecida de que houve alterações significativas na estrutura da comunidade. Além disto, foi acrescentada ao estudo uma estação de monitoramento de longo prazo seguindo as diretrizes do protocolo da Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos (ReBentos) no mesmo local onde a transecção vertical foi amostrada para comparação. As amostragens foram realizadas durante o verão e inverno de 2017, com 3 réplicas por período, onde os elementos amostrais foram distribuídos em 3 faixas (superior, intermediária e inferior) do mediolitoral, com 5 elementos amostrais de 10 x 10cm na faixa superior e 5 elementos amostrais de 20 x 20cm nas faixas intermediária e inferior, além de 5 transectos verticais para medir a largura de faixa horizontal dos organimos. Análises multivariadas (PERMANOVA two-way, PCA, Cluster e nMDS) foram aplicadas para os dados, considerados não paramétricos. Tanto os dados de comparação quanto os da estação de monitoramento apontaram uma alteração principalmente na distribuição e percentual de cobertura de Pterocladiella capilácea que aparentemente diminuiu, enquanto a alga Aglaothamnion uruguayense apresenta um aumento considerável desses parâmetros se comparado aos dados encontrados em trabalhos anteriores |