Filogeografia e diversidade genética de Lineus sanguineus (Rathke, 1799) e Prosorhochmus belizeanus (Maslakova, 2008) na costa brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Jordan, Dione Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-13062023-164238/
Resumo: As espécies de nemertinos Lineus sanguineus (Rathke,1799) e Prosorhochmus belizeanus (Maslakova et al, 2008) vivem em costões rochosos em ambientes entremarés e apresentam distribuição distinta na costa brasileira. Nesse estudo, pesquisamos a filogeografia dessas duas espécies na costa brasileira. Para L. sanguineus, usamos as sequências moleculares da subunidade I do citocromo c oxidase (COI), RNA ribossomal 16S (16SrRNA) e o espaçador interno transcrito I (ITS-1) de indivíduos de nove localidades. Nas redes de haplóticos e árvore filogenética não foi observado nenhum padrão geográfico, sendo que o ITS-1 apresentou maior diversidade intrapopulacional que 16SrRNA e COI. A análise de AMOVA evidenciou estruturação genética moderada, com a maior parte da variação genética contida dentro das localidades. FST par a par mostrou alta estruturação genética entre o Nordeste e algumas localidades do Sul e Sudeste, um padrão que sugere papel importante das correntes oceânicas brasileiras na conectividade dessa espécie. Esses resultados indicam que a reprodução sexual e a dispersão larval tem papel central na conectividade dessas populações, em conjunto com variáveis ambientais. Nesse trabalho, também foi apresentado o primeiro registro de P. belizeanus no Brasil em conjunto com a análise da diversidade genética dessa espécie nessa região. Usando COI e 16SrRNA, não encontramos evidência de estruturação genética, padrão geográfico e sinais de retração ou expansão demográfica, indicando a colonização da costa brasileira por um número pequeno de linhagens mitocondriais. Entretanto, as análises de migração evidenciaram certa influência da Corrente Brasileira na dispersão dessa espécie. Esses resultados em conjunto aumentam o conhecimento e ajudam o entendimento sobre filogeografia e diversidade genética de invertebrados marinhos de costões rochosos no Brasil.