Diluição de aerossol como alternativa para amostragem direta na determinação de impurezas elementares em medicamentos líquidos por ICP-MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lorençatto, Rodolfo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46137/tde-04082021-133740/
Resumo: A determinação de impurezas elementares em medicamentos passou a ter um papel fundamental em laboratórios farmacêuticos nos últimos anos. Os capítulos 232 e 233 da United States Pharmacopeia (USP) definem valores máximos permitidos para Ag, As, Au, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Hg, Ir, Li, Mo, Ni, Os, Pb, Pd, Pt, Rh, Ru, Sb, Se, Sn, Tl e V e os procedimentos de validação para a análise de diferentes classes de medicamentos, respectivamente. O uso de espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS) é recomendado pelo Capítulo 233 e possui comprovado desempenho analítico em diversas aplicações. A diluição de aerossol consiste em aplicar uma vazão perpendicular de gás argônio aa vazão de aerossol antes de sua inserção no plasma, o que traz vantagens como menor exposição do instrumento à matriz da amostra e menor possibilidade de interferências isobáricas poliatômicas. O objetivo deste estudo foi empregar a diluição de aerossol para análise de diferentes medicamentos líquidos, diluídos em HCl 1% (v v-1) em diferentes proporções, para a determinação de Ag, As, Au, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Hg, Ir, Li, Mo, Ni, Os, Pb, Pd, Pt, Rh, Ru, Sb, Se, Sn, Tl e V segundo os critérios da USP Capítulo 232 e validar o procedimento de acordo com os critérios da USP Capítulo 233. Planejamentos fatoriais completos (PFC) 23-0 foram realizados para estudar os efeitos de parâmetros do plasma e suas interações: proximidade do plasma (mm); vazão de gás He (mL min-1); e vazão de gás diluidor (L min-1), assim como a formação do íon m/z 75, oriundo das espécies 75As+ e 40Ar35Cl+. Os resultados do PFC mostraram que o uso de diluição de aerossol, combinado com o uso da cela de colisão com He, oferece condições robustas de trabalho (140Ce2+/140Ce+<0,9% e 140Ce16O+/140Ce+<0,3%), além de indicar que o uso da diluição de aerossol possui impacto diferente na sensibilidade de elementos com diferentes valores de m/z (51V, 52Cr, 59Co, 60Ni e 63Cu tem sua sensibilidade diminuída 2 vezes mais do que os demais elementos estudados, por exemplo). O estudo da formação do íon m/z 75 indicou que, mesmo com variadas concentrações de HCl (0,83 a 8,33 %, v v-1), o uso da diluição de aerossol combinado com o uso da cela de colisão faz com que a contribuição de sinal do isóbaro 40Ar35Cl+ sobre 75As seja mínima (6% em 1 g L-1, com [HCl] = 4.57 % v v-1). Os resultados dos procedimentos de validação estabelecidos pelo Capítulo 233 da USP para a amostra A atenderam a todos os critérios de aceitação com sucesso, com parâmetros de desempenho apropriados (R>0,995, RSD<6,2% para testes de precisão, RSD<14% para o teste de precisão intermediária e recuperações entre 88-125% para os testes de adição e recuperação com diferentes valores de J). O uso de diluição de aerossol para determinação multielementar de medicamentos líquidos oferece não só robustez analítica como também evita o processo de digestão da amostra, evitando contaminações e incompatibilidade de certos reagentes usados no preparo com os analitos.