Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bibas, Benoit Jacques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5156/tde-17102023-164131/
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Resumo: |
Introdução: Próteses traqueais aliviam a obstrução causada por lesões de vias aéreas benignas em pacientes não candidatos a ressecção e reconstrução cirúrgica. Complicações ocorrem em torno de 10-15% dos casos. Tais complicações muitas vezes levam à necessidade de reinternações e novos procedimentos de vias aéreas. Apesar de séries de casos terem sido descritas na literatura, faltam preditores de complicações de próteses traqueais, principalmente em doenças benignas. Objetivo: O objetivo primário do estudo é identificar preditores de intervenções não planejadas nas vias aéreas após colocação de prótese traqueal, em doenças benignas. Os objetivos secundários são: (1) Identificar preditores de complicações globais; (2) Comparar a taxa total de complicações entre tubos T supraglóticos e infraglóticos; (3) Avaliar a taxa de decanulação dos pacientes. Métodos: Estudo prospectivo, que incluiu pacientes com obstrução sintomática de traqueia por estenose pós intubação orotraqueal prolongada. Variáveis contínuas são apresentadas como média e desvio padrão, e analisadas com os testes de Mann-Whitney e Wilcoxon signed rank. Variáveis categóricas serão apresentadas como porcentagens e analisadas com Chi2 e teste exato de Fisher. As variáveis preditoras de risco foram testadas inicialmente para o desfecho por análise univariada, e admitiu-se p< 0,1 para inclusão no modelo multivariado. Para a análise multivariada, admitiu-se um valor de erro alfa de 5%. Considerando-se uma taxa de complicações estimada em 5%, com um poder de estudo de 80%, erro alfa de 5%, calculamos que necessitamos de 250 procedimentos para as predições de risco. Resultados: Incluímos no estudo 153 pacientes (107 sexo masculino / 46 sexo feminino), que foram submetidos a 260 procedimentos endoscópicos. Após as análises univariada e multivariada, observamos que idade>60 anos (OR 0,89; IC95% 0,864-0,920; p<0,001), IMC>30 (OR 3,73; IC95% 1,05-13,23; p=0,041), distância entre a prega vocal e estenose 5mm (OR 7,71; IC95% 2,27-26,23; p=0,001) e distância entre prega vocal até a estenose entre 6 e 10mm (OR 30,55; IC95% 5,97-156,15; p<0,001) foram fatores determinantes para a necessidade de intervenções não planejadas na via aérea.As intervenções não planejadas foram mais frequentes no grupo com tubo-T supraglótico do que no grupo infraglótico (15,3 vs 4,3%; p=0,009). A taxa de complicações também foi significativamente maior no grupo Tubo-T supraglótico do que no grupo infraglótico (23 vs 12%; p=0,04). O tubo-T em posição supraglótica foi o principal fator determinante de complicações globais (OR 2,37; IC95% 1,05-5,34; p=0,037) e de retorno não planejado para terapia intensiva (OR 8,56; IC95% 1,35-54,12; p=0,022). A taxa de decanulação ao fim do estudo foi de 28%. Conclusão: Idade>60 anos, IMC>30, distância entre a prega vocal e estenose 5mm, e distância entre prega vocal até a estenose entre 6 e 10mm foram fatores determinantes para o desfecho primário do estudo (intervenções não planejadas). O tubo T em posição supraglótica tem o triplo de complicações do que em posição infraglótica e foi o principal fator determinante de complicações globais e de retorno não planejado para terapia intensiva |