Análise dos procedimentos utilizados na correção das estenoses traqueais adquiridas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Aguiar, Ivana Teixeira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250574
Resumo: Introdução: As estenoses traqueais adquiridas são principalmente decorrentes de intubação endotraqueal prolongada. Existem vários procedimentos utilizados para a correção das estenoses e essa escolha deve ser individualizada para cada paciente, de acordo com suas características clínicas e da estenose. Objetivos: Avaliar a forma de apresentação, evolução e procedimentos utilizados para a correção das estenoses traqueais adquiridas no Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu e avaliar a efetividade do protocolo de atendimento e tratamento desses pacientes com base na experiência do serviço. Métodos: Estudo observacional retrospectivo (série de casos), pela análise de prontuários. Foram avaliadas características demográficas e clínicas dos pacientes, características anatômicas da estenose e particularidades dos tratamentos realizados, bem como os desfechos favorável e desfavorável. Resultados: Foram avaliados 90 pacientes. A maioria era do sexo masculino (70%), com uma média de idade de 31 (± 15,9) anos. A intubação prolongada foi a etiologia em 94,4% dos casos. A queixa principal em 62 pacientes foi a dispneia. Mais da metade dos pacientes já foi encaminhada com traqueostomia. Dez dos pacientes eram de Botucatu, 18 de regiões próximas e os demais de outras regiões de saúde e de outros estados. Quarenta e seis pacientes foram submetidos a cirurgia e quinze necessitaram de tratamento endoscópico posteriormente para resolução de complicações. Foram observadas 19 complicações: reestenoses (10), paralisia de pregas vocais (2), estenose de laringe (2), insuficiência respiratória (2), traqueomalácia (1), fístula traqueocutânea (1) e síndrome medular completa (1). O desfecho foi favorável em 91,3% dos pacientes e 8,7% tiveram desfecho desfavorável. No grupo endoscópico, foram 44 pacientes, sendo 42 deles submetidos à dilatação traqueal, com aplicação de mitomicina em 21. Trinta e três pacientes utilizaram órtese, foram 27 tubos T de Montgomery, 5 cânulas de traqueostomia, 2 órteses de Dumon e 1 tubo em Y. Nesse grupo, 27 (61,4%) dos pacientes tiveram desfecho favorável e 17 (38,6%), desfavorável. Conclusão: O tratamento cirúrgico é a melhor opção para estenose traqueal quando comparado ao tratamento endoscópico. O protocolo de atendimento do serviço se mostrou satisfatório com dados de resolução da condição semelhantes aos da literatura. Dessa forma, reforçamos o seguimento do algoritmo, já utilizado no serviço, para obtenção de resultados satisfatórios.