Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Robson Novaes da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-04042019-114851/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem por finalidade investigar e refletir sobre a prática pedagógica docente na disciplina de Geografia e a Interdisciplinaridade, a partir da reorganização curricular implantada na cidade de São Paulo em 2013. A Secretaria Municipal de Educação publicou o documento Considerações sobre o Currículo e os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento dos Alunos na Rede Municipal de São Paulo: contexto e perspectivas, promovendo reflexões e debates com os educadores que culminou no Programa de Reorganização Curricular, que instituiu três ciclos de aprendizagem: Ciclo de Alfabetização, Ciclo Interdisciplinar e Ciclo Autoral, e reorganização Administrativa, denominado Mais Educação São Paulo. Em 2016, lançou o documento Diálogos Interdisciplinares a Caminho da Autoria: componentes curriculares em debate Geografia que se tornou uma referência para o ensino da Geografia. As entrevistas realizadas com professores de Geografia, visto que a questão central dessa pesquisa se destina a discutir a prática docente no contexto do Ciclo Interdisciplinar permeada por essa reorganização promovida pela SME, revelaram-se importantes por permitir que adentrássemos num universo nem sempre visível da escola que é a sala de aula. A análise dos aspectos sobre a visão da reforma curricular/administrativa de 2013, o trabalho com a interdisciplinaridade e Geografia, e a formação docente/experiência, possibilitaram uma reflexão mais abrangente sobre a interdisciplinaridade e o ensino da Geografia. Assim, pretende-se identificar quais aspectos dos campos da Geografia e da Pedagogia podem estar relacionados às principais transformações ou permanências advindas das orientações oficiais para o Ciclo Interdisciplinar, no contexto do ensino da Geografia, e os processos de mediação consequentes da reforma curricular do Programa Mais Educação São Paulo. A pesquisa apresentada teve como recorte espacial a delimitação de uma escola da RME/SP e aos docentes/gestor que atuam nessa unidade educacional, prioritariamente professores de Geografia. De tal modo, o objetivo central é investigar os processos de configuração do conhecimento da Geografia no contexto do Ciclo Interdisciplinar. Os referenciais teóricos pautados se posicionam na perspectiva interdisciplinar de ensino, e apresenta como ideia central que a interdisciplinaridade só faz sentido quando da defesa da própria ideia de disciplina. A convicção é de que o momento histórico vivido atualmente só consegue ser captado e compreendido, por meio do esforço do pensamento dialético. Tamanha complexidade e contradições que para superá-las optamos necessariamente por raciocinar de forma dialética. É esse pensamento marxista, do materialismo histórico e da dialética que nos permite ter essa compreensão. Essa tese resulta na constatação de que ainda há um uso limitado das possibilidades que a Geografia possui, de diálogo com as demais áreas do conhecimento, em que pese que ela tem um aparente privilégio nesse diálogo, ele não se efetivou. O que se percebeu substancialmente é que a escola está em um contexto de permanência. Conclui-se que, mais do que um método de superar uma suposta fragmentação, a interdisciplinaridade é um princípio de pensar o conhecimento. O conhecimento escolar não se encontra fragmentado, nossa prática no trato disciplinar é que produz fragmentação e distanciamento. A maneira como a escola se organiza, como as aulas e os tempos se estabelecem, em que se considere uma reforma que aparenta ser profunda a ideia de permanência ainda prevalece. |