Educação de jovens e adultos na rede municipal de São Paulo: diálogos entre as políticas públicas as práticas docentes e seus significados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Robson Novaes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-18042013-102453/
Resumo: Essa pesquisa focaliza as práticas dos professores da EJA Educação de Jovens e Adultos em três escolas da Rede Municipal de São Paulo, com ênfase nos professores de Geografia, a partir de suas histórias de vida e de suas formações. Para isto, numa vertente buscamos apresentar um referencial teórico baseado nas narrativas autobiográficas de alguns professores que lecionam tanto na EJA quanto no Ensino Regular como forma de compreensão de suas práticas. Buscamos contextualizar essas práticas em relação à trajetória da EJA mediante o exame das políticas educacionais desenvolvidas nas esferas federal e municipal (São Paulo), no período que se estende dos anos 1950 até a presente data noutra vertente, a partir da perspectiva teórica utilizada por Nóvoa (1992, 2010), buscamos compreender o sentido dessas práticas mediante a descrição e análise das histórias de vida e formação desses professores, que possibilitou desvelar as representações docentes sobre o processo de ensino e sobre o aluno da EJA em contraposição às representações sobre o ensino e o aluno do curso regular. Dessa maneira, foi possível verificar que as histórias de vida e de formação dos professores pesquisados dialogam pouco com a necessidade de adequar o fazer docente às especificidades dessa modalidade de ensino. Foi possível constatar que há uma conexão fundamental entre as histórias de vida e de formação dos professores com o seu fazer pedagógico, mas que por outro lado, não são suficientes para explicar as deficiências pedagógicas observadas nessa modalidade de ensino. No especifico do ensino da Geografia, evidencia-se uma proposta de orientação apresentada pelo Município de São Paulo que dialoga insuficientemente tanto com os docentes quanto com os alunos dessa modalidade. Por fim, pensamos que seja necessário refletir sobre a EJA na sua estrutura como um todo, ou seja, nos seus aspectos políticos, sociais, pedagógicos e, sobretudo, nos profissionais que nela atuam para que seja possível compreende-la em suas mais variáveis facetas.