Epidemiologia das infecções virais respiratórias em crianças submetidas à cirurgia cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Thalis Henrique da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-28072016-093306/
Resumo: Introdução: As infecções virais respiratórias agudas são as doenças mais comuns em humanos e estão associadas a grande morbidade e mortalidade em crianças, principalmente menores de 2 anos de idade, sobretudo nos países em desenvolvimento e em idosos nos países desenvolvidos. As crianças que apresentam cardiopatias congênitas estão mais susceptíveis a adquirir infecção viral devido à sua mecânica pulmonar alterada, o que pode gerar diversas complicações tanto no período pré-operatório quanto no período pós-operatório, tais como aumento no tempo de internação hospitalar, maior tempo de ventilação mecânica e maiores taxas de mortalidade. Este estudo teve como objetivo identificar a epidemiologia das infecções virais respiratória em crianças com cardiopatia congênita e comparar os desfechos: tempo de internação, tempo de ventilação mecânica e mortalidade, na presença ou não de infecção viral respiratório e determinar qual o momento que essas crianças adquirem a infecção viral. Trata-se de estudo longitudinal, observacional, do tipo coorte. Foram coletadas amostras de secreção nasofaringe no período pré e pós operatório de todos os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca e analisados os dados gerais dos pacientes durante o tempo de internação no centro de terapia intensiva pediátrica, por meio de prontuário médico, entre maio de 2013 a maio de 2014. Resultados: Foram analisados 43 pacientes. Foi encontrada elevada prevalência de vírus respiratórios (39%) em crianças com cardiopatia congênita. No presente estudo não houve diferença estatisticamente dos desfechos em relação a infecção viral respiratória no modelo estatístico bivariável, por motivo de interferência de variáveis confundidoras, idade e RACHS-1. A seguir, foram ajustados modelos de regressão multivariável, para analisar os desfechos com a variáveis idade, RACHS-1 e infecção viral. A variável infecção viral respiratória apresentou efeito estatisticamente significativo no desfecho diferença arteriovenosa de oxigênio, enquanto as covariáveis idade e RACHS-1 tiveram efeito significativamente em todos os desfechos pesquisados no estudo. Conclusão: A prevalência de infecção viral respiratória em crianças submetidas a cirurgia cardíaca é alta. A infecção viral respiratória não apresentou efeito sobre os principais desfechos, apenas na diferença arteriovenosa de oxigênio