A cidade na Avenida: a poética urbana da Avenida Paulista pelo olhar dos artistas que nela trabalham

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Marin, Tiago Rodrigo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-14022012-020307/
Resumo: O que, em uma grande metrópole, possui força suficiente para se tornar uma experiência poética para aqueles que nela constroem sua biografia ou, ao menos, vivenciam-na por algum intervalo de tempo? Tal questionamento segue presente em toda esta dissertação, que se propôs a investigar o que é a poética urbana, e como ela se apresenta para algumas pessoas em São Paulo. Contudo, um campo mais específico foi delimitado: as discussões buscaram a poética urbana da Avenida Paulista eleita como símbolo da cidade a partir do olhar dos artistas que nela trabalham. Para a discussão, parte-se das considerações sobre a urbanidade moderna e caótica, do progresso desenfreado, que impõe à força, diariamente, experiências de violência e desrespeito aos seus habitantes; contudo, em seguida, convida-se à reflexão acerca da cidade como objeto do afeto de seus cidadãos. O que se propõe é a poética urbana como uma das mediações possíveis entre duas vivências que, inicialmente, parecem tão diferentes. Na elaboração do conceito da poética urbana buscou-se uma reflexão sobre como a subjetividade de uma experiência poética relacionada ao homem que conhece a si e aos demais entes a partir de sua presença no mundo e sua relação intencional com aquilo que o circunscreve se vincula às limitadoras imposições da cultura, dificultando as ações imaginativas e práticas do homem criativo. Para se compreender em profundidade o campo, o histórico da via foi discutido, desde sua fundação até os dias contemporâneos; assim como a sua relação com o trabalho informal, no qual os artistas se inserem. Com tais temas propostos, a partir de incursões etnográficas em campo, sete artistas foram convidados a narrarem suas experiências pessoais, compartilhando-as com o pesquisador. As discussões sobre as narrativas seguem o caminho em busca de ver como a Avenida é vivida no cotidiano, e também como representações simbólicas são construídas e destruídas a partir de tal prática. O trabalho culmina na discussão sobre aquilo que foi apresentado como poética urbana da Avenida Paulista as pessoas que a frequentam buscando compreender como a força poética se relaciona com a liberdade da imaginação e com os discursos hegemônicos de nossa cultura urbana.