Conteúdo de açúcares no colmo do milho (Zea mays L.), em função da ausência da frutificação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1982
Autor(a) principal: Silva, Paulo Sérgio Lima e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20210104-185422/
Resumo: Neste estudo, objetivou-se avaliar o potencial do colmo de cultivares de milho, quanto ao teor de açúcares e de produção de álcool, em função da supressão parcial e total da frutificação. Pesquisas nesse sentido são desejáveis porque fornecem dados sobre o potencial energético da planta e geram informações sobre processos fisiológicos do milho. O ensaio foi conduzido em Piracicaba-SP) utilizando-se o delineamento de blocos casualizados com parcelas subdivididas e 6 repetições. Nas parcelas, foram cultivadas 8 cultivares, incluindo: 1 hibrido duplo, 2 híbridos simples e 5 variedades de polinização-aberta. As sub- parcelas foram aplicados os seguintes tratamentos: (a) IP= inflorescência feminina protegida; (b) IR= inflorescência feminina removida; (c) MV = colheita de milho “verde”; e (d) MM = colheita de milho maduro. Os colmos, colhidos aos 109 dias do plantio, foram submetidos a duas análises: a primeira realizada imediatamente após a colheita das plantas, e a segunda depois de um período de 15 horas de armazenamento. Foram avaliadas 19 características. Foi concluído que: 1. Os resultados das análises realizadas imediatamente após a colheita e depois de 15 horas de armazenamento dos colmos foram bem concordantes, para a maioria das características avaliadas. 2. Diferenças significativas entre cultivares e entre “tratamentos de espiga” foram encontradas para quase todas as características avaliadas. A interação cultivares x “tratamentos de espiga” foi significativa em poucas características. 3. Em geral, as variedades de polinização livre (principalmente as populações selecionadas para alto teor de açucares no colmo) foram superiores aos híbridos simples e estes ao híbrido duplo, para grande parte das características tecnológicas avaliadas. 4. Os tratamentos IP, IR e MV não diferiram entre si e superaram, significativamente, o tratamento MM, na maioria das características interessantes na avaliação do colmo como fonte de álcool. 5. Nas plantas que receberam os tratamentos IP, IR e MV foram obtidos, com a primeira análise, os seguintes valores médios, em porcentagem do peso fresco do colmo: 4,6% de sacarose aparente, 1,1% de açucares redutores, 6,6% de açucares totais, 9,6% de sólidos solúveis e 794 1/ha de álcool. Nas plantas que receberam o tratamento MM, os valores obtidos foram: 3,6% de sacarose aparente, 1,0% de açúcares redutores, 5,5% de açúcares totais, 7,7% de sólidos solúveis e 616 l/ha de álcool. 6. De acordo com os resultados obtidos, seria possível produzir: (a) com frutificação normal: de 4257 a 6701 Kg/ha de grãos e de 384 a 855 l/ha de álcool; (b) com frutificação suprimida tota1mente: de 573 a 1011 l/ha de álcool; (c) com frutificação suprimida parcialmente: de 573 a 1011 l/ha de álcool e de 45625 a 65313 espigas (ou de 7273 a 10600 Kg/ha de espigas) de milho “verde”.