Crescimento do fêmur durante a lactação, em ratos, cujas mães foram tratadas com vitamina A no 10º dia de gestação. Estudo morfológico e morfométrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1979
Autor(a) principal: Abreu, Mara Alice Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17136/tde-04042024-140241/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivos a caracterização das alterações causadas pela vitamina A no comprimento e no disco epifisário do fêmur de ratos, durante a lactação, cujas mães receberam uma única dose de vitamina A, no 10º dia de gravidez. Para tanto, foram utilizadas ratas adultas das quais 10 receberam uma única dose de vitamina A, intraperitonealmente, de 0,20 ml de AROVIT contendo 30.000 UI de palmitato de vitamina A no 10º dia de gravidez; as 10 restantes nas mesmas condições das precedentes, receberam uma única injeção de 0,20 ml de NaCl a 0,85%, servindo como controles. Oitenta ratos recém-nascidos de mães que receberam vitamina A foram denominados \"tratados\" e os outros 80 ratos recém-nascidos de mães que receberam solução salina constituíram o grupo controle. Esses animais foram sacrificados em número de 10 para cada idade, isto é, nos 1º, 4º, 7º, 10º, 13º, 16º, 19º e 22º dias de vida pós-natal e pesados nos dias de sacrifício; após a fixação, os fêmures, em número de 5 tratados e 5 controles para cada idade, foram retirados, dissecados, pesados em balança de torção e medidos com paquímetro com precisão de 0,1 mm. Após a inclusão em parafina, os cortes seriados de 7 micrômetros de espessura foram corados pelo hemalúmen e eosina e tricrômico de Masson. Os achados morfológicos revelaram: 1. O peso corporal e o peso do fêmur dos animais tratados apresentaram-se semelhantes aos dos animais controles, e para ambos os grupos observou-se uma mudança brusca dos pesos corporal e do fêmur ao redor do 10º dia de vida pós-natal. O comprimento do fêmur dos animais tratados apresentou-se aumentado até o 10º dia de vida pós-natal, após o que assemelhou-se a o dos animais controles. 2. Os achados histológicos mostraram: a) para a zona de cartilagem em repouso: células maiores e mais numerosas; matriz menos abundante para o rato tratado em relação ao controle, e o aparecimento antecipado do centro de ossificação epifisário para o animal tratado (10º dia), quando comparado ao animal controle (13º dia). b) Para a zona de cartilagem seriada: nos 10 primeiros dias de vida pós-natal, maior número de células, matriz menos abundante e melhor disposição das colunas celulares, para o animal tratado em relação ao controle. Após o 10º dia, o aspecto histológico da zona de cartilagem seriada do animal tratado assemelhou-se ao do animal controle. e) Para a zona de cartilagem hipertrófica: - durante todo o período experimental, células em menor número, matriz aumentada e conseqüente antecipação do processo de maturação para o animal tratado, em relação ao controle. d) Para a zona de ossificação: trabéculas ósseas mais espessas - e em maior número, condroplastos acelulares em menor quantidade perto da zona de cartilagem hipertrófica e antecipação da ossificação para o animal tratado, em relação ao controle. 3. Os achados morfométricos (técnica de CHALKLEY modificada) revelaram: a) para as zonas de cartilagem em repouso e seriada: - aumento da área celular e diminuição da área da matriz intercelular para o animal tratado, em relação ao controle, durante toda a lactação. b) para a zona de cartilagem hipertrófica: diminuição da área celular e aumento da área da matriz, durante toda a lactação, para o animal tratado em relação ao controle. c) para a zona de ossificação: - aumento da área trabecular, para o animal tratado, durante os 22 dias de vida pós-natal, em relação ao controle. 4. A relação citoplasma-nuclear mostrou: - para as zonas de cartilagem em repouso, seriada e hipertrófica do rato tratado, aumento do valor desta relação até o 10º dia de vida pós-natal; e para o rato controle, aumento do valor desta relação até o 13º dia nas zonas de cartilagem em repouso e hipertrófica. Os resultados apresentados no presente trabalho sugerem que a administração de uma única dose de 30 000 UI de vitamina A na rata, atua na epífise do fêmur do rato recém-nascido e por todo o período da lactação, diretamente sobre os tecidos cartilaginoso e ósseo, provocando uma ossificação endocondral acelerada.