Efeitos da desnutrição materna no período de aleitamento na porção cortical e trabecular da epífise proximal do fêmur de ratos Wistar adultos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28460 http://dx.doi.org/10.22409/ppgcm.2021.m.96846410791 |
Resumo: | O período de aleitamento é de extrema importância para o correto desenvolvimento do recém-nascido e a qualidade do leite está relacionada à dieta materna. A prevalência da desnutrição materna durante o período de gestação e aleitamento, já prevalente em países subdesenvolvidos, vem aumentando em países desenvolvidos devido a fatores como aumento de consumo de fast-foods e a vontade de perder o peso ganho durante a gravidez de forma rápida. Diversos estudos em animais demonstram alterações estruturais, metabólicas e funcionais nos sistemas muscular, ósseo, articular e nervoso causadas pela desnutrição materna durante o período gestacional e durante o período de aleitamento. Apesar disso, há escassez na literatura a respeito dos efeitos a longo prazo no tecido ósseo da prole cujas progenitoras foram desnutridas durante o aleitamento. O objetivo deste trabalho é verificar as alterações histoquantitativas na epífise proximal do fêmur de ratos Wistar adultos cujas progenitoras foram desnutridas durante a lactação. Após o nascimento da sua prole, 6 ratas progenitoras, de peso e tamanho similares, foram divididas em 03 grupos, cada uma amamentando 6 ratos recém-nascidos, totalizando duas progenitoras e doze ratos em cada grupo. Trinta e seis ratos recém-nascidos foram divididos em três grupos: Os grupos foram nomeados conforme o tipo e quantidade de dieta oferecida para as progenitoras, da seguinte forma: grupo controle, no qual a progenitora recebeu dieta comercial regular contendo 23% de proteína ad libitum; grupo restrição proteica, no qual a progenitora recebeu uma dieta comercial especial preparada, contendo 8% de proteína. Observamos nesse grupo um consumo em quantidade menor da ração proteico, talvez pelo sabor dessa ração, consumindo então menos calorias, o que fez caracterizar esse grupo como restrição proteica e calórica, em quantidades ilimitadas; e o grupo com restrição calórica, cuja progenitora recebeu uma a mesma dieta comercial do grupo controle, contendo 23% de proteína, porém a quantidade foi pareada com a quantidade menor consumida pelo grupo de restrição proteica em quantidades limitadas, ou seja, apesar de ter consumido quantidade normal de proteínas, houve uma restrição de calorias . Todos os grupos tiveram livre acesso a agua. Estas dietas foram administradas somente durante o período de amamentação (21dias). Após o desmame, todos os filhotes foram separados das progenitoras, receberam a mesma dieta que o grupo controle (sem restrições e ad libitum) até os 180 dias de idade. Em seguida, os ratos foram eutanasiados, terço proximal do fêmur foi excisado, descalcificado com ácido nítrico (5%) e preparado histologicamente e incluído em parafina. Análises histomorfométricas foram realizadas em cinco campos histológicos aleatórios distintos de cada rato. Dados relacionados à espessura da cortical, área trabecular, quantidade de osteoblastos e osteoclastos, percentual de lacunas vazias e a área das lacunas foram coletadas. Foi realizado o teste ANOVA seguido pelo teste de Newman-Keuls para fins de comparação multivariada entre os grupos. Observou-se que o fêmur proximal dos grupos restrição proteíco-calórica e restrição calórica possuíam área trabecular média menor, um número maior de lacunas vazias, assim como o tamanho destas, e uma proporção maior de osteoclastos em relação aos osteoblastos. Em suma, a desnutrição materna durante o período de lactação causou efeitos a longo prazo na morfologia femoral de ratos Wistar. Estes efeitos não puderam ser revertidos após a regulação da dieta, caracterizando o conceito de “metabolic imprintig” |