Ecopolítica das mudanças climáticas: o IPCC e o ecologismo dos pobres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Tilio Neto, Petronio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-09102008-175152/
Resumo: Este é um trabalho sobre a ecopolítica internacional das mudanças climáticas. Ele trata dos conflitos de interesses entre os Estados no que diz respeito a questões ambientais mais especificamente, no que diz respeito às alterações do clima terrestre. Nas últimas décadas e séculos o ser humano tem alterado a composição da atmosfera, fazendo com que o sistema climático se aqueça e se modifique. Portanto cabe ao ser humano entender o problema, avaliar suas conseqüências e desenvolver medidas de resposta. Para auxiliar nesses esforços na esfera internacional foi criado o IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima. Sua função é dar as bases científicas necessárias para a tomada de decisões políticas que afetem o clima. Nesse sentido o IPCC está incumbido de tratar de questões relevantes para a política, sem no entanto interferir na tomada de decisões. Este estudo questiona justamente se o IPCC tem sido neutro como deveria ao expor os impactos das mudanças climáticas e ao apontar possíveis medidas de resposta. O recorte analítico selecionado para investigar essa questão é o Ecologismo dos Pobres, segundo o qual as sociedades humanas seriam marcadas pela desigualdade na distribuição dos benefícios e dos custos ambientais. Observando os relatórios do IPCC sob essa ótica foi possível encontrar indícios de que esse Painel talvez não seja tão neutro do ponto de vista político quanto afirma ser. Talvez ele não seja imune às disputas políticas entre os Estados. Como conseqüência o IPCC pode não ser a alternativa mais eficaz para responder às mudanças climáticas no âmbito internacional