Prevalência, causa e localização de fístula de palato em fissura transforame incisivo unilateral operada: estudo retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Passos, Vivian de Agostino Biella
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-31102011-144830/
Resumo: Este trabalho objetivou avaliar a prevalência de fístula após cirurgia de palato em indivíduos com fissura transforame incisivo unilateral (FTIU) e verificar a localização e associação entre a prevalência dessas fístulas com possíveis fatores causais. Foi realizada análise retrospectiva em prontuários e fotografias pertencentes a 589 indivíduos matriculados no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), que foram submetidos à palatoplastia com idades entre 12 e 36 meses, por meio da técnica de von Langenbeck , em tempo único, pela equipe de cirurgiões plásticos, no período de janeiro de 2003 na julho de 2007. A amplitude da fissura foi classificada em estreita (E), regular (R) e ampla (A), visualmente, por meio de fotografias iniciais pré-cirúrgicas. Para a localização das fístulas foram consideradas as regiões: palato anterior, região média do palato, área de transição (junção entre palato duro e mole) e palato mole. A prevalência de fístula foi de 27%, com um maior número de fístulas localizadas na região do palato anterior (37,11%). O teste estatístico Qui-Quadrado (2) demonstrou associação estatística significativa (p0,05) entre a presença de fístula e a amplitude inicial da fissura (p=0,0003), habilidade do cirurgião (p=0,019), intercorrências transcirúrgicas (p=0,0037) e pós-cirúrgicas mediatas (0,000002). Em vista dos resultados obtidos pode-se concluir que a alta prevalência de fístula encontrada neste estudo evidencia a necessidade de revisão dos procedimentos cirúrgicos realizados para uma possível adequação de protocolo e principalmente padronização da documentação. Desta forma contribui-se para redução de custos e melhora na qualidade do tratamento, uma vez que essas fístulas interferem na reabilitação dos pacientes, causando prejuízos funcionais relacionados à fala, deglutição e audição, bem como exigem a repetição dos procedimentos cirúrgicos que podem causar seqüelas no crescimento maxilofacial.