Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Campoi, Henrique Guirado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17164/tde-10042023-095530/
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Resumo: |
Durante a tarefa de caminhar em terrenos regulares e irregulares, os idosos apresentam modificações na marcha em comparação aos jovens. Pequenas alterações biomecânicas durante essa tarefa modificam a estabilidade corporal, sendo que os ajustes posturais necessários para manter essa estabilidade estão ligados à disponibilidade de informação visual. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito da restrição da informação visual exproprioceptiva dos membros inferiores por meio do uso de uma máscara facial sobre o controle da estabilidade dinâmica durante a locomoção ao pisar em uma superfície desnivelada (i.e., um buraco) em indivíduos idosos. Participaram do estudo 15 idosos saudáveis com idade entre 65 e 80 anos. Foram posicionados marcadores retrorrefletivos passivos na pele dos participantes, além do posicionamento de duas plataformas de força sendo uma na região onde o pé de suporte pisou antes do buraco e outra embaixo do buraco. Os participantes andaram ao longo de uma passarela de madeira em duas condições diferentes: sem buraco e com buraco. As condições da superfície de suporte foram realizadas com e sem informação visual exproprioceptiva, que foram manipuladas com o uso de óculos de basquete e uma máscara facial para prevenir a visão de parte do campo visual inferior. O software Nexus (Vicon) foi usado para calcular os ângulos da cabeça e tronco e coordenadas do centro de massa na direção anteroposterior (AP). Foi calculada também a margem de estabilidade na direção AP e a velocidade média de caminhar. A força de reação do solo foi utilizada para calcular os impulsos de frenagem e propulsão nas direções AP e vertical. Além disso, foi feita a análise de eletromiografia de superfície (EMG) dos músculos gastrocnêmio medial, sóleo e tibial anterior da perna dominante. Para as análises estatísticas foram utilizadas análises de variância, com nível de significância de p≤0,05. Os resultados identificaram que a manipulação visual exproprioceptiva não influenciou a estabilidade dinâmica dos idosos ao pisar em um buraco e não influenciou os outros parâmetros analisados (velocidade do caminhar, impulso e atividade EMG). Os idosos realizam a estratégia de flexão de cabeça para compensar a obstrução visual inferior e assim obterem informações sobre o buraco dois passos antes para que pudessem realizar ajustes locomotores antecipatórios de forma adequada. Dessa forma, concluímos que os idosos foram capazes de realizar estratégias motoras seguras para minimizar a obstrução visual do uso da máscara e caminharem com segurança em uma superfície desnivelada. |