Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Marra, Arthur |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-14022019-110515/
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Resumo: |
Esta dissertação teve por objetivo estudar o desenvolvimento da produção escrita em francês baseada em gêneros textuais de alunos universitários brasileiros e a influência de correções feitas por alunos canadenses anglófonos através de ferramentas digitais nesse processo. Os dados foram coletados em um projeto de telecolaboração envolvendo a Universidade de São Paulo e a University of Victoria, no Canadá, ao longo de um semestre. O projeto propôs interações entre os alunos brasileiros e canadenses através de três ferramentas digitais: Facebook, GoogleDocs e Skype. Como parte das atividades de uma disciplina de francês como língua estrangeira, os alunos brasileiros escreveram textos pertencentes aos gêneros fait divers, récit de voyage e récit littéraire court, que foram corrigidos de maneira assíncrona, com o GoogleDocs, e síncrona, pelo Skype, pelos alunos canadenses. A pesquisa baseou-se no quadro teóricometodológico do interacionismo sociodiscursivo (ISD) (BRONCKART, 1999/2012, SCHNEUWLY; DOLZ, 2004, MACHADO, 2009), que se apoia, de forma geral, nos estudos propostos por Vigotski (1997, 1998; 2004; 2007; 2008). Servimo-nos, também, dos conceitos propostos pelo ISD e voltados para a didática das línguas, tais como: capacidades de linguagem (DOLZ; PASQUIER; BRONCKART, 1993) e modelo didático (DE PIETRO; SCHNEUWLY, 2003), além de outros propostos por Vigotski, como instrumento e zona de desenvolvimento próximo (VIGOTSKI, 2004, 2007, 2008) a fim de compreender as dificuldades e o desenvolvimento da produção escrita dos alunos brasileiros. Foram utilizados, paralelamente, estudos sobre correção propostos por Tapia (2016), ao lado de outras pesquisas sobre correção de erros e uso de tecnologia para o ensino de línguas, para compreender as correções linguageiras feitas pelos alunos canadenses e investigar seu papel no desenvolvimento das capacidades de linguagem dos alunos brasileiros. Os resultados das análises indicam que, de forma geral, os alunos brasileiros desenvolveram as capacidades de linguagem ao longo do projeto e que as correções linguageiras propostas pelos alunos canadenses agiram como um instrumento para tal desenvolvimento. Identificamos certa diferença entre a forma e o conteúdo das correções em relação às ferramentas digitais GoogleDocs e Skype e também constatamos que o léxico, a concordância nominal e a regência verbal apresentaram maior número de correções. Além disso, observamos que a influência das correções no desenvolvimento das capacidades de linguagem dos alunos brasileiros ocorreu, sobretudo, no que diz respeito a duas das operações linguageiras mais corrigidas: a coesão nominal e a coesão verbal. |