A prática docente na avaliação da produção textual: as marcas de correção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cristo, Renata Daniela Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193383
Resumo: O presente estudo, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE Mestrado) da FCT/UNESP de Presidente Prudente e à linha de pesquisa “Processos Formativos, Ensino e Aprendizagem”, visa responder a alguns questionamentos relativos à avaliação textual nas aulas de Língua Portuguesa nos quartos anos do Ensino Fundamental. Historicamente, a avaliação no contexto escolar ainda está mais inclinada para a preocupação com os percentuais de aprovação e reprovação e menos propensa a uma observação significativa da aprendizagem dos alunos, o que denota a urgente e importante necessidade de reformular as ações avaliativas de que se valem as escolas e os professores, bem como a eficácia destas no âmbito educacional. Nesse sentido, é importante que o professor reflita sobre as práticas de ensino da produção textual quanto ao ato de avaliar, uma vez que esse deve ser concebido como uma via de mão dupla, por meio da qual avaliador e avaliado se encontram em uma mesma situação: em um contínuo processo formativo. A maneira como é concebida a avaliação no espaço escolar revela também as intenções e os objetivos de quem avalia. Diante disso, este estudo buscou compreender se os critérios da Avaliação da Aprendizagem em Processo (AAP) estão presentes na prática docente. Assim, esta investigação de natureza qualitativa, do tipo estudo de caso, realizada em uma escola pública vinculada à secretaria municipal de educação de Presidente Prudente, tem como objetivo geral identificar e analisar concepções e práticas docentes no que diz respeito à avaliação textual, observando se, em suas concepções e práticas, há reflexos significativos ou não da Avaliação da Aprendizagem em Processo (AAP). De um modo geral, a análise dos dados mostrou que a linguagem como forma de interação ainda não é a concepção predominante entre as professoras participantes. No que se refere à concepção de avaliação textual, percebeu-se discursos aproximados do entendimento do ato avaliativo como um processo diagnóstico de caráter formativo. Já a concepção de correção textual, desvelou distanciamentos entre as respostas emitidas e o referencial teórico, expondo que as práticas investigadas se organizam de maneira monológica, dialógica e parcial/mista. Chegou-se também à reflexão de que AAP, embora de natureza formativa, é pautada em alguns critérios superficiais estabelecidos para a correção da coerência, coesão, pontuação e ortografia. Compreende-se que o docente precisa se envolver no processo de correção textual de modo dialógico, por meio bilhetes, comentários, anotações que indiquem e classifiquem a natureza das adequações a serem realizadas. Contudo, a AAP não apresenta tais características em sua proposta e não oferece ao professor instruções de como produzir e usar esses recursos na contemplação dos critérios de correção. Assim, foi possível concluir que a AAP, no contexto desta pesquisa, não parece contribuir para melhorar a prática docente no que diz respeito à correção textual.