Coisas-mapa para homens cegos: Nuno Ramos, voz e materialidades em atravessamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Goldfeder, André Barbugiani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-02052019-102957/
Resumo: A tese propõe um percurso interpretativo pelo trabalho do escritor e artista visual Nuno Ramos (1960), abordando suas vertentes literária, plástica e ensaística. Seu foco principal incide sobre os diferentes modos de agenciamento da linguagem, no interior das práticas de escrita do artista e, sobretudo, no que diz respeito à produção de relações entre essa esfera e um campo expandido das artes visuais, que identifica no cerne de movimentos decisivos da poética do artista. Para tanto, articula seu movimento em torno do operador conceitual voz, delineado a partir de aportes provenientes de certas teorias da enunciação e da poesia, da psicanálise principalmente de extração lacaniana e de certa filosofia contemporânea, buscando, ainda, desenvolver algumas de suas consequências éticas, políticas e ontológicas, sempre em diálogo com o problema da subjetivação. As três primeiras partes da tese partem de uma organização básica de teor cronológico, bem como da discussão de trabalhos fundamentais para o recorte proposto, sempre buscando expandir as análises na direção das múltiplas frentes de investigação do artista e de aproximações e distanciamentos estruturais e históricos entre os campos literário e plástico e entre essa poética e seus outros. O corpus de base é composto pelos livros Cujo (1993), Ó (2008) e Sermões (2015) e, no domínio das artes visuais, 111 (1992), Vai, vai (2006) e Ensaio sobre a dádiva (2014/2016). Finalmente, na quarta parte da tese, essas discussões são ampliadas em contato com a sondagem de incursões do artista pelo âmbito do ensaio, sobretudo no que toca ao registro das interpretações do Brasil, e, desdobrando essa linha a partir da atividade do artista como letrista, pelo universo da canção.