Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gisele Aparecida da Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-26052014-102407/
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Resumo: |
A Guerra Civil Espanhola não foi somente um confronto bélico, mas também, uma guerra marcada pelas questões sociais, políticas e ideológicas que estavam em ebulição no país, envolvendo operários, camponeses, personalidades políticas e artísticas, bem como intelectuais, que combatiam e defendiam seus ideais por meio de manifestações artísticas. Porém, mesmo com a imposição do exílio para estes escritores, poetas e pensadores, a resistência prosseguia por meio de autobiografias, antologias ou romances com a proposta de refletir os acontecimentos daqueles dias com um olhar distinto daquele imposto por Francisco Franco durante sua Ditadura. Um dos cenários recriados para a reflexão dos resultados desta guerra de confrontos já citados é Juego limpio, escrito durante o exílio de María Teresa León. No romance, Camilo rememora as experiências vividas durante sua atuação no grupo Guerrillas del Teatro del Ejército del Centro durante o conflito civil e sua relação amorosa com Angelines, atriz da companhia. De dentro de sua cela, Camilo refugia-se em suas memórias de modo a refletir seu presente mediante seu passado, estabelecendo a tensão entre o vivido (passado) e o narrado (presente), porém não o faz só, ele evoca os participantes do grupo de cômicos, para que junto com ele, a história das Guerrilhas seja contada. A estrutura polifônica das memórias de Camilo proporciona ao leitor construir a história por diversos ângulos, revelando tal qual uma caixa chinesa os acontecimentos explorados no romance, em que cada caixa é a representação da voz de uma personagem. María Teresa León encontra nessa estrutura polifônica o espaço para opor o discurso daqueles que vivenciaram a guerra ao discurso monocórdio da autoridade e, assim, o modo como se constrói a narrativa justifica a argumentação da obra em que há uma clara defesa da arte pluralizada defendida pelos republicanos espanhóis. |