Polifonia latente: aspectos estruturais, inter-relação e organização dos elementos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Rafael Gueli Tomaz [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157180
Resumo: O presente trabalho propõe uma abordagem teórica/analítica do conceito e aspectos estruturais de um procedimento explorado por compositores no período barroco conhecido por polifonia latente. Neste período, diversos compositores buscaram expressar uma textura polifônica em uma linha melódica única. Primeiramente, este trabalho consiste em comparar os aspectos estruturais da melodia e polifonia com os da polifonia latente, e em segundo lugar, expor, qualificar e determinar os métodos e estratégias composicionais empregados nas obras analisadas e, assim explicitar aquilo que está latente pela ocultação da multiplicidade de partes em uma linha melódica única, resultando em uma textura polifônica latente. Para o cumprimento dos objetivos propostos adotamos diferentes estudos teóricos, analíticos e históricos, dos quais destacamos Albert Bregman (1994), Alexander Ringer (2001), Allen Forte e Steven Gilbert (1982), Arnold Schoenberg (2001), Ernst Kurth (1991), e Walter Piston (1947), estes autores, entre outros, fundamentaram o desenvolvimento do trabalho e a análise das peças, Presto da Fantasia VII em Mib maior para violino desacompanhado de Telemann, e Allemande da Partita em Lá menor para flauta desacompanhada - BWV 1013 de Bach. Verificamos que a aparente melodia que se apresenta na polifonia latente possui características melódicas e polifônicas diferentes, devido a múltiplas continuidades e unidades que a caracteriza. E que, a organização vertical e horizontal explicita na polifonia está condensada em uma linha melódica única na polifonia latente, se tornando então implícita. No fluir da aparente linha melódica única, percebe-se a atuação de várias vozes sem no entanto elas se sobreporem, pois essa técnica é resultado de uma maneira de utilizar os diversos parâmetros musicais onde a alternância entre as notas que se associam umas às outras permite estabelecer uma relação entre elas.