Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Fernando Roberto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44133/tde-11112015-163605/
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Resumo: |
O vale do Jequitinhonha está situado na porção nordeste do Estado de Minas Gerais, região sudeste do Brasil. A área é marcada por condições climáticas adversas, denotadas por clima semi-árido. Na região é elevado o índice de insucesso na perfuração de poços tubulares profundos, devido ao clima desfavorável, solos ausentes e/ou delgados e a natureza fissural da maior parte dos aqüíferos. Esta pesquisa objetivou estudar o quadro hidrogeológico regional e delinear as descontinuidades mais favoráveis à circulação e armazenamento de água subterrânea, ou seja, as tramas, especialmente as juntas, geradas em campos trativos, associadas à deformação recente, com vistas a subsidiar futuras locações de poços tubulares. A geologia regional é caracterizada por três unidades maiores: i) metassedimentos do Grupo Macaúbas (GM), de idade neoproterozóica; ii) rochas granitóides intrusivas (GI) brasilianas; iii) coberturas detríticas representadas pelos sedimentos pelito-psamíticos da Formação São Domingos (FSD), com idade sugerida entre o Mioceno e Plioceno. A evolução estrutural da área é marcada por uma forte deformação compressiva de orientação geral de leste para oeste, impressa no GM, a qual propiciou o desenvolvimento de uma marcante xistosidade com orientação regional para NE, zonas de cisalhamento, falhas de empurrão com direção NE e NW, juntas com direção NW, NE e NS. Após, ocorrem intrusões de corpos granitóides (GI), sin a tardi-tectônicos, com morfologia dedomos. A deformação neotectônica na região é marcada por, pelo menos dois eventos: i) \'D IND.1\' responsável pela nucleação da bacia São Domingos, a partir da reativação normal de paleodescontinuidade, com \'\'sigma\'IND.1\' associado à deformação compressiva, orientado entre EW e ENE; ii) \'D IND.2\' corresponde a geração de juntas trativas na FSD, particularmente aquelas de orientação NW, assim como falhas normais e transcorrentes. Tem orientação semelhante à \'D IND.1\'. Para a caracterização do quadro hidrogeológico regional foram estudados os poços existentes, em seus parâmetros qualitativos e quantitativos, e os aqüíferos foram divididos em três sistemas: i) um granular (Coberturas) e ii) dois fissurais (granitóides e Macaúbas), de acordo a litologia e o tipo de porosidade. A profundidade média dos poços estudados é de 80,3 m, valor este suficiente, para na maioria dos casos, conter a totalidade das entradas de água. A vazão média dos poços é de 8,05 m3/h, apresentando grande variabilidade. Já o nível estático médio é de 8,1 m, sendo fortemente influenciado pela média do sistema aqüífero fissural Macaúbas. A classificação hidroquímica apresenta os tipos bicarbonatados como os mais comuns, perfazendo 81% , e os sulfatados e/ou cloretados 19% do total das amostras classificadas. Em relação à salinidade das águas da região, o íon cloreto é o principal responsável pelo caráter salobro, predominando em 62% das amostras de águas salobras(entre 500 e 30.000 mg/L) e em 90% das amostras com STD acima dos limites de potabilidade (>1000 mg/L). No estudo de poços associados a lineamentos é marcante o acréscimo na vazão média dos poços que apresentam lineamentos associados, quando comparados àqueles sem lineamentos associados. Os lineamentos com direções N121°-140° e N141°-160°, muito provavelmente, foram reativadas localmente como estruturas trativas, sendo direções preferenciais para a locação de poços tubulares na região. |