A iniciação científica como prática pedagógica na formação de estudantes de farmácia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ishii, Ione
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-07032016-144629/
Resumo: A iniciação científica (IC) tem como objetivo formar pesquisadores e profissionais que contribuam para o avanço científico-tecnológico do país. Estudos têm evidenciado benefícios da IC: complementação acadêmica e profissional, desenvolvimento pessoal e de pensamento crítico. Além disso, são observadas mudanças qualitativas na relação do estudante com a aprendizagem: o conhecimento ganha significado e sentido, e sua compreensão torna-se profunda. Graduandos com essas características foram descritos por Marton e Säljö (1976) como estudantes com abordagem profunda à aprendizagem. Estes utilizam a metacognição de modo eficiente através de mecanismos de autorregulação. A metacognição foi definida por Flavell (1979) como a capacidade de pensar sobre a própria cognição. A sociedade atual tem exigido, cada vez mais, a formação de profissionais autônomos, críticos, capazes de resolver problemas e aprender para o resto da vida, características presentes em estudantes com abordagem profunda à aprendizagem. Os cursos de farmácia têm passado por mudanças curriculares para atender às novas exigências da profissão. Instigada pelos trabalhos sobre o tema e a necessidade de aperfeiçoar o ensino realizei pesquisa qualitativa através de entrevistas, nas quais os alunos falam sobre a experiência na IC. Pretendo, assim, contribuir para o aprimoramento da orientação como prática pedagógica e para a melhoria dos cursos de graduação. Em 2014, foram coletados depoimentos que evidenciaram a adoção de abordagens profundas à aprendizagem e a utilização de mecanismos metacognitivos. A fim de confirmar esses resultados, foram realizadas novas entrevistas em 2015. A comparação dos depoimentos evidenciou aspectos da orientação na IC, confirmados em conversas com professores orientadores desses estudantes. Os três docentes que participaram desta etapa revelaram e reiteraram ações pedagógicas eficientes: focar no aluno e não na pesquisa, identificando expectativas, dificuldades e potencialidades dos graduandos; considerar a IC como complementação da formação acadêmica e profissional; selecionar alunos com interesse e disponibilidade de tempo para dedicar-se aos estudos e à pesquisa; encarar a defasagem conceitual e procedimental dos estudantes, responsabilidade do orientador, ajudando-os na superação dessas dificuldades mesmo em detrimento do desenvolvimento de pesquisas mais complexas; organizar ambientes de trabalho que promovam relações interpessoais saudáveis.