O papel da proteína trex1na tumorigenese em células infectadas pelo Papilomavírus humano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Prati, Bruna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HPV
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-12012022-121242/
Resumo: Os papilomavírus humanos (HPV) são vírus de DNA que infectam epitélios em regiões anatômicas especificas. Alguns tipos de HPV, denominados de alto risco oncogenico, tem associacao etiologica com o câncer do colo do útero. Esses virus expressam dois oncogenes, E6 e E7, que interagem com vários fatores celulares, alterando o ciclo celular, o programa de diferenciação dessas células e evadindo as vias de sinalização do sistema imunológico do hospedeiro. A nuclease TREX1 desempenha um papel importante no reparo do DNA e na resposta imune inata da célula ao eliminar o acumulo de DNA nos compartimentos intracelulares e reprimindo a ativação da resposta inflamatória, além de estar envolvida na modulação da atividade antiviral e morte celular programada. Observamos um aumento de TREX1 em linhagens celulares derivadas de tumores da cérvice uterina positivas para HPV (HeLa e SiHa), em culturas organotípicas estabelecidas a partir de queratinócitos que expressam os genes de E6 e E7 do HPV 16 ou transfectadas com o genoma completo do HPV16 e HPV18. Interessantemente, o silenciamento de TREX1 em células derivadas de tumores da cérvice uterina reduziu a viabilidade e a capacidade de formação de colônias em ensaio clonogênico e em soft-ágar das linhagens HeLa, SiHa e C33A. Além disso, HeLa e SiHa exibem uma regulação positiva de p53 e caspase 3 paralela à regulação negativa nos níveis de proteínas associadas à proliferação celular (PCNA, ciclina A, D e CHK2) e ao acúmulo de células em sub G1, após o silenciamento de TREX1. E ainda, queratinócitos expressando E7 do HPV16 apresentam uma maior redução da viabilidade após o silenciamento de TREX1. Observarmos diferenças na expressão de genes envolvidos na via de toll-like receptor com a presença de E6 e E7 do HPV16 em QPH silenciados para TREX1. Finalmente, em amostras cervicais e em bancos de dados TREX1 está regulado positivamente, correlacionando-se com a progressão da lesão durante o processo de carcinogênese.