Caracterização, pesquisa dos genes de virulência e beta-lactamases em Aeromonas hydrophila provenientes de esgoto e lodo tratados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Danielle Escudeiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-28092011-143221/
Resumo: Introdução: Bactérias do gênero Aeromonas estão presentes em ambientes de água doce, salgada e salobra. O isolamento destes microrganismos já foi relatado em água de abastecimento público e alimentos. Algumas espécies podem ser patogênicas ao homem, causando gastrenterites e outras infecções. Isolados de Aeromonas de fontes diversas expressam resistência a antimicrobianos, especialmente a -lactâmicos, devido à presença de enzimas -lactamases. A patogenicidade das espécies se deve à virulência multifatorial, que compreende a produção de enterotoxinas (Act, Alt e Ast), de elastase, presença de flagelo, entre outros. Objetivo: Isolar, identificar e quantificar Aeromonas hydrophila isoladas de esgoto e lodo tratado; pesquisar a ocorrência dos genes de virulência e resistência a -lactâmicos. Material e Métodos: A detecção e quantificação de Aeromonas hydrophila foram realizadas por meio da técnica de membrana filtrante e meio de cultura específico; a identificação foi realizada por meio da PCR utilizando um par de primers específicos para a espécie. Após a confirmação da espécie foi realizado o antibiograma para conhecer o perfil de resistência aos antibióticos; a pesquisa dos genes de virulência act, alt, ast, ela, lip e fla e genes de resistência a -lactâmicos foi realizada por meio da PCR e seqüenciamento. Resultados: Foram analisadas 15 amostras (seis de esgoto tratado e nove de lodo tratado). Destas, somente nove foram positivas para A. hydrophila, obtendo-se 441 colônias típicas, das quais 348 foram positivas, por PCR para identificação do gênero e 209 para identificação da espécie. Os 209 isolados, sendo 92 do esgoto tratado e 117 do lodo tratado, apresentaram os seguintes valores na pesquisa dos genes de virulência: 36 por cento (act), 40 por cento (ast), 78 por cento (alt), 82 por cento (fla), 86 por cento (lip) e 87 por cento (ela) e 100 por cento dos isolados apresentaram pelo menos um dos genes. Para os testes de sensibilidade aos antibióticos todos os isolados foram resistentes a pelo menos um dos antibióticos. A produção de enzimas MBL, ESBL e AmpC foi detectada em isolados. Também foram encontrados genes de resistência cphA, bla TEM e bla MOX, enquanto que os genes bla VIM, bla IMP, bla e bla não foram detectados. Conclusão: Os resultados sugerem que A. hydrophila pode resistir ao processo de tratamento de esgoto e lodo, além disso, pode apresentar diversos genes de virulência e resistência a antibióticos, motivos pelos quais A. hydrophila pode ser uma ameaça a Saúde Pública, uma vez que estas amostras são reutilizadas para fins urbanos ou agrícolas