Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Tamya de Oliveira Ramos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-07112019-160616/
|
Resumo: |
A presente pesquisa parte da constatação da proeminência da valorização das práticas criativas nos discursos recentes da área da Educação Musical, valorização esta que, não poucas vezes, é acompanhada de considerações sobre sua ainda escassa efetivação no ensino, sobretudo em se tratando da escola de educação básica brasileira. Se, por um lado, a abertura para os práticas criativas infantis em nossa área é correntemente relacionada a propostas da segunda metade do século XX, especialmente em conexões com as inovações técnicas e estéticas oriundas do campo composicional, por outro, a valorização de atividades criativas em contexto pedagógico mais amplo está vinculada aos movimentos de renovação escolar do início do referido século. O trabalho que aqui se apresenta foi empreendido com o objetivo de investigar este aparente descompasso. A partir da análise de imprensa pedagógica do período entre-guerras - mais especificamente as revistas Progressive Education (Estados Unidos), La Nouvelle Éducation (França) e Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, publicadas nas décadas de 1920, 1930 e 1940 - e de bibliografia secundária, buscamos traçar um retrato da Educação Musical quando esta esteve inserida em movimentos renovadores. O exame deste material nos permite confirmar a tese de que neste cenário já existiam aberturas para o incentivo à criação musical infantil e que tal atividade era fundamental, bem como a participação das crianças de uma maneira mais ampla. Os exemplos apresentados são indícios de que a Educação Musical esteve incorporada de maneira coerente a tais projetos pedagógicos. A presente tese também dá a ver a circulação de experimentos em educação musical nos três contextos estudados, especialmente a influência do trabalho da educadora estadunidense Satis Coleman, apropriado de maneiras particulares na Europa e no Brasil. Por fim, este estudo trata ainda da necessidade de interpretar o ideário escolanovista em sua vinculação estreita com o aspecto social da instituição escolar. Tal necessidade provém das associações corriqueiras estabelecidas entre escolanovismo e qualquer proposta de educação musical apoiada na psicologia experimental do início do século XX ou que apresente qualquer inovação nos âmbitos da didática e dos conteúdos. Apontamos os limites de associações desta natureza na medida em que não levam em consideração um aspecto fulcral dos movimentos renovadores aqui estudados: o fato de terem como lócus específico a escola de educação básica no momento histórico em que esta se estabelece como lugar social da infância e adaptado a esta fase da vida. |