O Sistema Qualis e a crise de valores na produção científica brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Leichsenring, Ivan Martins Fontes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-28092012-135241/
Resumo: Dentre os problemas da universidade pública hoje está o da ampliação desmedida de publicações científicas com o intuito de colocar o Brasil no rol dos melhores países em ciência e tecnologia sem um correspondente aumento na qualidade do que se produz. Em consequência, o aumento de nossa produção tem transformado o caráter de autarquia da instituição acadêmica e parece ser prejudicial à universidade, conduzindo-a de um estado de instituição social a outro de mera organização social. Nesta esteira, poderíamos quem sabe afirmar que o Sistema Qualis, da Capes, surge como um controle externo sobre o que se tem feito e produzido no ensino superior público e que apesar de seu acolhimento como regulador e hierarquizador da produção científica nacional por meio da publicação de periódicos, aparentemente sua aplicação não tem sido isenta de controvérsias. Parece-nos que há uma dissociação entre o que prega o discurso oficial por meio do Qualis e a realidade científica das universidades públicas, de vez que este tem ditado como o meio científico deve ajustar sua produção para atender uma demanda de progresso científico que deverá crescer em competência e excelência acadêmicas, obtendo-se assim, supostamente, qualidade. Por isso, propomos analisar os critérios utilizados pelo Sistema Qualis para a caracterização da excelência da produção acadêmica brasileira.