Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Diego Rogério |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-19112015-154808/
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Resumo: |
Trata-se de realizar uma articulação entre as imagens construídas pelo romance Doutor Fausto, de Thomas Mann, e o quadro teórico elaborado pela Escola de Frankfurt, a fim de compor uma interpretação filosoficamente investida do romance e alcançar uma melhor compreensão das ideias da Teoria Crítica. A vida do compositor Adrian Leverkühn, o Fausto de Mann, é narrada pelo amigo e biógrafo Serenus Zeitblom, e essa narrativa revela a identidade fundamental entre o músico e a Alemanha, aproximando suas características e histórias. Nossa abordagem tematiza especialmente a questão da salvação ou condenação da alma do pactário, tratando de matizar essas possibilidades na obra. Elaboramos uma noção de mito comum ao romance e àquele quadro teórico frankfurtiano, apontando sua força de estruturação totalizante, bem como sua inserção em uma dinâmica dialética. A seguir, propomos considerar que todos os elementos do romance que repõe a mitificação apontariam para a condenação do Fausto, enquanto, inversamente, os aspectos da obra que revelam os limites ou se contrapõem à força do mito anunciariam a possibilidade de salvação do pactário. A noção de sofrimento é especialmente importante, pois comparece em ambas as perspectivas. Isso quer dizer que o sofrimento pode ser interpretado tanto como a evidenciação de um destino como se as dores e a infelicidade de Adrian Leverkühn antecipassem a condenação , quanto pode ser compreendido como um sintoma que denuncia o mito como se revelasse a inverdade do destino aparente e as possibilidades do devir. Finalmente, análise da música, um tema central no romance, também revela sua ambivalência, pois ela pode tanto ser a reposição do mito quanto uma crítica ao mundo mitificado. |