Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Avelino Junior, Francisco José |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-05012023-160559/
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Resumo: |
A acumulação capitalista no Brasil, concentradora de renda, capital e terra, provoca a expropriação crescente de uma massa de trabalhadores, que procuram, por meio de movimentos sociais, reivindicar condições dignas de trabalho e sobrevivência. Esta situação se faz presente em Mato Grosso do Sul, estado possui a economia baseada na agropecuária, com uma forte participação da agroindústria. A situação atual fruto da acumulação capitalista baseada na exclusão dos camponeses. Os camponeses excluídos da terra se inserem na luta pela posse e uso da terra, luta pela reforma agrária. Com grande concentração de terras nas mãos de poucos, e um número crescente de trabalhadores rurais sendo expulsos da terra, o estado do Mato Grosso do Sul tem na questão agrária o seu principal ponto de tensão.Na década de 70, com o desenvolvimento de projetos (PRODEPAN, PRODREGAN, POLOCENTRO) uma nova organização espacial e econômica se apresenta para o Mato Grosso do Sul. Serão necessários fortes contingentes de mão-de-obra, não qualificada, para formação de pastos, para o trabalho no corte da cana-de-açúcar, nas carvoarias etc. E para isso não se poupou nem mesmo a mão-de-obra de mulheres, crianças e índios, o que acarretou denúncias de exploração de menores e \'trabalho escravo\' ou peonagem. É nesse contexto que se estabelecem o conflito, reavivando a violência e a impunidade, traços marcantes na história de MS. Conforme dados do MST/CPT, no período de 1977 a 2001, ocorreram 42 assassinatos em MS, envolvendo o conflito pela posse e uso da terra. Entre os mortos temos advogados, lideranças sindicais, religiosos, lavradores, posseiros, mulheres e índios ligados à luta pela terra. A maioria desses assassinatos estão impunes até hoje, mesmo sabendo-se, em alguns casos quem são os autores e os mandantes, em sua maioria latifundiários de MS |