Contradições do contemporâneo: a memória, o nacional e o universal em O sol se põe em São Paulo e Diário da queda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Frighetto, Gisele Novaes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-03052017-092556/
Resumo: Esta tese propõe o estudo dos temas da memória, do nacional e do universal em dois romances brasileiros contemporâneos, O Sol se põe em São Paulo (2007), de Bernardo Carvalho e Diário da queda (2011), de Michel Laub. Estes romances abordam a memória de imigrantes pela narração subjetiva de seus descendentes brasileiros, o que suscita uma discussão em torno de narrativas transculturais. O pós-modernismo é entendido como tendência cultural contraditória, caracterizada pela presença do passado na retomada de estilos e textos da tradição literária em narrativas paródicas. O narrador pós-moderno encerra o paradoxo da exigência de narração, a despeito da deterioração da experiência observada desde a modernidade. A persistência de um realismo formal ou social contribui para a composição de narrativas onde convivem tendências conflitantes, sintetizadas nos conceitos de realismo afetivo e realismo traumático, conforme Schøllhammer (2012; 2013). A ambientação dos dois romances, seus temas e influências, sugerem uma produção de projeção universal, contrabalançada pela permanência do nacional do ponto de vista material, que se constitui pela representação de aspectos relacionados ao subdesenvolvimento brasileiro. Este contexto particular demanda a concepção de um pós-modernismo e de uma pós-modernidade a partir das condições peculiares existentes nas sociedades latino-americanas, cuja coexistência entre atraso e progresso influencia sua produção literária e afeta sua legitimação no interior de um sistema literário mundial.