Interação Praia-Duna em Ilha Comprida, São Paulo, Brasil 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Duarte, Débora Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
AUV
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21136/tde-12052022-142319/
Resumo: No sistema praia-duna, as dunas frontais desempenham o papel de proteger a costa da ação de ondas e tempestades. Esses ecossistemas começaram a ser empregados nos planos de gerenciamento de riscos costeiros nos últimos anos. A presente pesquisa analisou a influência de parâmetros locais na variabilidade espacial do desenvolvimento de dunas ao longo de um trecho da ilha-barreira de Ilha Comprida, localizada ao sul do estado de São Paulo, que possui baixo suprimento sedimentar para as dunas. Para observar as variações morfológica das dunas foram realizadas duas saídas de campo (11/09 e 26/11) em 2018 utilizando um VANT (veículo aéreo não-tripulado) DJI Phantom 2 e um DGPS. Esses dados produziram um modelo digital de superfície (MDS) e um modelo digital de terreno (MDT) para cada saída de campo. Foram desenvolvidos quatro cenários com o autômato celular DUBEVEG para de observar a evolução a longo prazo das dunas frontais. Nas saídas de campo, foi observado que quase toda a área da praia possui entre 0 e 4º de inclinação. Porém, no mês de setembro de 2018, ocorreu uma maior variação na inclinação. No mês de setembro, a altura de cota máxima foi de 24,4 m (MDS) e 17,3 m (MDT), enquanto a altura de cota mínima foi -1,8 m (MDS/MDT). No mês de novembro, a altura de cota máxima foi de 21,6 m (MDS) e 17,2 m (MDT) e a menor elevação foi de -4,6 m (MDS) e -4,5 m (MDT). Entre setembro e novembro houve uma diminuição nas cotas na região da praia e do volume da área total. Nos resultados da modelagem numérica, a evolução se caracterizou pela separação da duna inicial em dois cordões com a formação de uma cava e aumento da altura das cristas. No cenário inicialmente sem a presença de dunas frontais, ocorreu a formação de Nebkhas e em seguida, cordões paralelos. No cenário em que ocorreu o teste de sensibilidade de diferentes coberturas vegetais, somente a partir do cenário que a vegetação corresponde a 30% da observada em campo, que dunas hummocky/nebkhas são formadas. A partir da cobertura vegetal de 60% é possível observar um cordão de duna frontal com nebkhas atrás. No teste de sensibilidade do lençol freático, os cenários com o lençol freático até 30% e o de 90% em relação a topografia sem a presença de dunas, apresentaram a mesma topografia final. Enquanto que nos cenários de 70% e 80% tem-se dunas isoladas em formato de nebkhas atrás da duna frontal em morfologia de crista. O trabalho corroborou que um autômato celular, apesar de sua relativa simplificação dos processos envolvidos, permite que variados aspectos possam ser compreendidos, comparando diversos parâmetros sob condições variadas para examinar o comportamento inerente da paisagem, o que não é possível com dados de campo limitados.