Perfil epidemiológico da polifarmacoterapia e morbidades em idosos de uma cidade do interior paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Damasceno, Rafael José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-19022018-104627/
Resumo: O processo de envelhecimento traz consigo diversas modificação no âmbito pessoal e biológico do indivíduo. Expandindo-se essas transformações, para o âmbito populacional, na questão da saúde, delimita-se um crescente prevalências das denominadas doenças crônicas não transmissíveis. Nesta lógica, um maior número de moléstias crônicas, leva os indivíduos a ingerirem uma maior quantidade de fármacos, sejam eles prescritos por via clínica ou mesmo pela própria automedicação. Em vista disso, o presente trabalho objetivou realizar um levantamento epidemiológico para se traçar o perfil de saúde dos idosos de uma cidade do interior paulista, enfocando-se a presença de doenças crônicas não transmissíveis, medicamentos utilizados, a presença de polifarmácia e a qualidade de vida. A amostra foi composta por 241 idosos residentes da cidade de Duartina, SP. Primeiramente realizou-se um questionário geral para se determinar a presença de doenças e caracterização geral da amostra. Após, os idosos passaram pelo questionário de qualidade de vida e por um questionário sobre os medicamentos utilizados. A partir dos dados deste último, através do site drugs.com determinou-se a presença e os níveis de polifarmácia. Nos resultados, pode-se observar uma considerável prevalência de diabetes, dislipidemias e hipertensão, sendo as idosas as mais afetadas. Quanto ao uso dos fármacos, 22,7% utilizam, ao menos, cinco medicamentos distintos ao dia. Na análise da polifarmácia, 30% não apresentaram interações, 68% apresentaram nível moderado e 2% elevado. Através da correlação de Pearson, identificou-se que com o aumento do número de medicamentos utilizados, houve aumento do nível da intensidade da polifarmácia (p < 0,0001 e r = 0,81). Quanto à qualidade de vida, todos as áreas apresentaram índices relativamente altos, sendo o domínio físico com a melhor média e o ambiental com pior. Na análise por questão, os piores índices ficaram com dor, dependência de medicamentos e sentimentos negativos. Com a Correlação de Spearman, determinou-se que o aumento dos índices de polifarmácia diminuem a qualidade vida (p = 0,03 e r = -0,57). Deste modo, conclui-se que, nos idosos, há uma elevada prevalência de hipertensão, diabetes e das dislipidemias, bem como um considerável uso de diferentes medicamentos diariamente. Anexo a estes dados, a qualidade de vida apresentou índices adequados, sendo afetada negativamente pelo aumento do uso diários de medicamentos.