Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos Sobrinho, Bruno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-16072024-170502/
|
Resumo: |
Entre 1808 e 1814, a monarquia hispânica passou por um período de extrema importância em sua história política. Diante do vazio de poder, ocasionado pela captura do legítimo monarca, Fernando VII, e pela coroação de José Bonaparte, decorrente da ocupação francesa, os espanhóis encontraram-se diante de uma profunda crise. Foi organizada a resistência por parte daqueles que não se submeteram aos mandos da nova dinastia, garantindo também o surgimento de novos atores políticos para ocupar o palco político esvaziado. Nesse estudo, pretende-se compreender a percepção da crise e as diferentes propostas de solução apresentadas pelos opositores à modernização hispânica. Para tal, serão analisados textos escritos entre 1808 e 1814 pelos indivíduos que foram identificados como opositores aos liberais, e o Diário de Sessões das Cortes de Cádis, disponíveis a partir de 1810 a 1814. O objetivo é identificar e analisar as possíveis influências da discussão apresentada nessas obras, desde o início da crise, com o debate realizado nas Cortes. As Cortes de Cádis representaram o surgimento de uma nova esfera decisória no âmbito político, inaugurada após o período junteiro (1808-1810). Tratou-se de um outro momento da crise, em que diversos atores políticos atuaram no campo da institucionalização da disputa política. Para dar continuidade ao entendimento do pensamento antiliberal, busca-se analisar a atuação dos deputados considerados antiliberais nas Cortes de Cádis (1810-1814), compreendendo suas propostas para a escrita da Constituição de 1812. Busca-se também articular os discursos desses deputados com os escritos editados por redatores de periódicos publicados durante o período da ocupação napoleônica. Será possível entender quais projetos foram apresentados por esse grupo e quais os diferentes posicionamentos desses deputados ao longo da dinâmica das Cortes, que incluía a disputa interna pelos conceitos consagrados na Constituição de 1812 e amplamente discutidos nos papéis públicos que surgiam naqueles anos. Entende-se que esse grupo vivenciou a crise e também apresentou proposições para sua superação que, em alguma medida, se distanciava de uma perspectiva próxima ao absolutismo do século XVIII |