Avifauna de uma mata de araucaria e podocarpus do parque estadual de Campos do Jordão, São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Barbosa, Antonio Flavio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191108-101135/
Resumo: Este estudo de comunidade de aves, foi desenvolvido no Parque Estadual de Campos do Jordão. Dentre os vários tipos de vegetação existentes no Parque, optou-se pela Mata de Araucaria e Podocarpus, por ser um dos mais representativos da Serra da Mantiqueira. A área de estudos, com aproximadamente 60 ha, foi amostrada mensalmente, durante um ciclo anual, compreendendo o período de maio de 1990 à abril de 1991. Dois foram os métodos utilizados: 1°) Índice Pontual de Abundância (IPA) Para a aplicação deste método, foram estabelecidos 18 pontos na área de estudo, onde o observador permanecia durante 20 minutos, em cada ponto, no período da manhã, registrando em folha de campo especialmente elaborada para essa finalidade, o número de contatos auditivos e visuais obtidos por espécie. As observações foram auxiliadas através de binóculos Super Zenith 7 x 35. Desse procedimento, resultou o índice Pontual de Abundância e a Frequência de Ocorrência de cada espécie, como também o índice de Diversidade da comunidade. Para as aves de hábitos noturnos, as observações iniciavam logo após o escurecer, geralmente entre 19:00 e 21:00 horas, amostrando dois pontos por noite, escolhidos por sorteio. Foram anotados o estrato arbóreo onde se encontrava a espécie observada e se estava só, em casal ou em bando. As espécies vistas no espaço aéreo sobre a mata também foram registradas. Dessa forma foi possível a definição de cinco estratos definidos como aves do piso da floresta, aves do sub-bosque, aves do estrato médio, aves do estrato superior e aves do espaço aéreo. Durante o estudo, foi dedicado um total de 72 horas de observações para as aves diurnas e 24 horas para as aves noturnas. 2°) Captura, Marcação e Recaptura (CMR) Esse método foi efetuado com o auxílio de redes ornitológicas, que foram armadas no sub-bosque da mata. Foram utilizadas 10 redes, cada uma com 12 metros de comprimento e 2,8 metros de altura. Foram dispostas em três locais diferentes, sendo instaladas mensalmente sempre nos mesmos locais. Os indivíduos capturados foram marcados com anilhas de alumínio, fornecidas pelo Centro de Estudos de Migrações de Aves (CEMAVE), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Os dados eram anotados em folha de campo de acordo com as normas do CEMAVE. O método possibilitou para cada espécie, a obtenção dos índices de Frequência, Frequência relativa, Recaptura e o índice de Diversidade da comunidade, considerando apenas as aves capturadas. A análise dos dados, possibilitou a caracterização da comunidade de aves, com o registro de 112 espécies, informações sobre sua distribuição na estrutura vertical e horizontal da vegetação, além da ocorrência temporal das populações.