Influência da estrutura da vegetação sobre a avifauna em uma floresta alterada de Araucaria angustifólia e em reflorestamentos em Telêmaco Borba - Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Berndt, Ralf Andreas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191108-115926/
Resumo: Este trabalho consistiu em uma série de levantamentos da avifauna em cinco áreas de mata nativa e três áreas de reflorestamento, com o objetivo de se determinar as espécies de aves mais comuns encontradas nestes ambientes, e o efeito do reflorestamento sobre estas espécies. Também se procurou verificar quais seriam as características relativas à vegetação que poderiam estar mais correlacionadas com a avifauna. A avifauna foi estudada utilizando-se dois métodos de levantamentos: captura/recaptura com redes neblina, e observações em trajetos. Para o primeiro método foram registradas 66 espécies de aves distribuídas em 18 famílias, sendo que em áreas de reflorestamentos foram constatadas 47 espécies, e nas áreas de matas nativas, 51 espécies. Para o método de observações, foram registradas 114 espécies e 28 famílias, sendo 79 espécies observadas em áreas de reflorestamento, e 100 espécies em áreas de matas nativas. A vegetação foi amostrada, registrando-se 95 espécies arbóreas, pertencentes a 38 famílias. No levantamento botânico foram instaladas duas parcelas de 150x10 metros em cada local, onde foram amostrados alguns parâmetros relativos à estrutura arbórea. Os resultados obtidos através dos dois métodos de levantamento de aves não apresentaram grandes diferenças ao se comparar as áreas de matas nativas com os reflorestamentos. As maiores diferenças foram observadas para o método de captura/recaptura, onde o número de espécies, índice de recaptura e o índice de densidade populacional apresentaram valores superiores nos reflorestamentos. Para a composição florística, a diferença é bem maior em favor das áreas de mata nativa. O número de espécies de árvores, área basal das árvores mortas (árvores em pé) e o índice de diversidade são significativamente superiores na mata nativa. Também foram calculados os índices de similaridade de Jaccard e Sorensen entre todos os locais, tomados dois a dois. Comparando-se todos os parâmetros obtidos para a vegetação com aqueles obtidos nos levantamentos da avifauna, puderam ser constatadas correlações negativas bastante expressivas para altura das árvores com diversidade de aves observadas; densidade de árvores mortas com densidade populacional de aves capturadas e indivíduos recapturados; diversidade da vegetação com densidade populacional de aves capturadas e indivíduos recapturados; densidade da vegetação com índice de densidade populacional de aves capturadas; diversidade de aves observadas com densidade de sub-bosque. Quanto às correlações positivas, estas foram observadas para diversidade de aves observadas com DAP, e para altura média das árvores com índice de densidade de aves capturadas e indivíduos recapturados. A avaliação do efeito que as áreas de reflorestamento estariam causando sobre as populações de aves, indicou que das 114 espécies registradas pelo método de observações, 62 não estariam adaptadas e 45 estariam adaptadas nos reflorestamentos. Para o método de captura/recaptura, das 66 espécies registradas, 29 não estão adaptadas e 32 estão adaptadas em reflorestamentos.