Frequência de dupla infecção entre os subtipos B e F1 do HIV-1 em homens brasileiros que fazem sexo com homens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Carolina Soares de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22140
Resumo: Introdução: Como vários estudos sobre vacinação contra HIV estão em progresso, é importante compreender a frequência na qual ocorrem co/superinfecções intra ou intersubtipos em grupos de alto risco. Esse conhecimento auxiliaria no desenvolvimento de programas de prevenção futuros. Nesse estudo transversal, relatamos a frequência de coinfecção entre os subtipos B e F1 em uma cohorte clínica de 41 homens que fazem sexo com homens (HSH), recém infectados com HIV-1, em São Paulo, Brasil. Metodologia: O DNA proviral do HIV-1 foi isolado a partir de leucócitos de sangue periférico de sujeitos polimorfonucleares (PMNs), que foram obtidos no momento da inscrição. Cada indivíduo era conhecidamente infectado por um vírus do subtipo B, conforme determinado em estudo anterior. Um pequeno fragmento do gene da integrase (nucleotídeo 4255-4478 do HXB2) foi amplificado por PCR utilizando primers específicos para F1. Os resultados da PCR foram confirmados por análise filogenética. Os dados de carga viral (VL) foram inferidos a partir dos prontuários de cada paciente. Resultados: Das 41 amostras estudadas, 5 apresentaram DNA proviral do subtipo F1, O que representa uma taxa de 12,2% de coinfecção. A comparação entre os valores de carga viral entre os coinfectados e os infectados apenas pelo subtipo B não foi estatisticamente diferente (p> 0,16). Nos indivíduos com infecção dupla a carga viral mediana foi de 5,3 x 104 cópias/mL (intervalo de <400 – 12,5 x 104 cópias/mL), e nos indivíduos infectados apenas pelo subtipo B a carga viral mediana foi de 4,3 x 104 cópias/mL (intervalo de <400 – 39,9 x 104 cópias/mL). Conclusão: Esse estudo indicou que a coinfecção entre os subtipos B e F1 ocorre com frequência na população de homens que fazem sexo com homens, HIV-1 positivos, como sugerido por um grande número de vírus recombinantes BF1 relatados no Brasil. Na ausência de uma vacina eficaz contra o HIV-1, o teste para co/superinfecção e a implantação de medidas eficazes nos grupos de risco podem ajudar a reduzir a exposição viral, a transmissão e a recombinação.