Custo-efetividade da fluoretação das águas de abastecimento público no município de São Paulo, no período de 1985-2003

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Frias, Antônio Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-09022021-193816/
Resumo: Esta pesquisa tem como objeto o custo e a efetividade de 18 anos de fluoretação das águas de abastecimento público no município de São Paulo no período de 1985 a 2003. Avalia-se a mudança do quadro epidemiológico da cárie dentária, o controle dos teores de flúor, o custo da fluoretação e o benefício proporcionado à população sendo projetado o custo-efetividade per capita/ano. Para o cálculo da composição de custos da fluoretação das águas levou-se em conta: o custo de capital inicial de instalação, o custo do produto químico (ácido fluorsilícico), o custo de operacionalização do sistema (manutenção do sistema, energia elétrica e recursos humanos) e o custo de controle. Constatou-se que neste período a população foi exposta a teores adequados de flúor (0,7ppm). A ação do flúor mostrou-se eficaz, pois para a idade de 12 anos observou-se redução de 73% na prevalência de cárie dentária, sendo que em 1986 a média do índice CPO-D era de 6,47 (6,12-6,82), e em 2002 foi de 1,75 (1,48-2,92). Nesta idade-índice, 40% das crianças apresentaram CPO-D = 0 em 2002. O custo médio per capita/ano na cidade de São Paulo foi de R$ 0,08 (US$ 0,03) em 2003. O custo acumulado em 18 anos de implantação do sistema de fluoretação, foi de R$ 1,44 (US$ 0,94) per capita. A análise do benefício/custo da fluoretação, apenas para o grupo etário de 7 a 12 anos, indica uma economia de custos da ordem de R$ 348,68 (US$ 113,95) no serviço privado e de R$ 83,68 (US$ 27,35) no serviço público por habitante/ano. A simulação de custos para comunidades, segundo o número de habitantes, foi de R$ 0,46 (US$ 0,15) para populações até 5.000 habitantes; de R$ 0,27 (US$ 0,09) para 5.001 a 10.000 habitantes; de R$ 0,17 (US$ 0,05) para 10.001 a 20.000 habitantes; de R$ 0,12 (US$ 0,04) para 20.001 a 50.000 habitantes; e de R$ 0,09 (US$ 0,03) para 50.001 a 100.000 habitantes. Tais valores são considerados relativamente baixos para uma intervenção de saúde pública com o impacto referido.