Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Tharsila Martins Rios da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7143/tde-17102024-150831/
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Resumo: |
Introdução: As desigualdades em saúde são resultado das distintas posições ocupadas pelos indivíduos em diferentes espaços sociais, relacionadas à repartição de poder e propriedade. A advocacia em saúde é uma estratégia para a redução dessas desigualdades, principalmente as consideradas injustas e desnecessárias, com vistas ao alcance pleno do direito à saúde. Apesar de relevante, sua mensuração é limitada dado a escassez de instrumentos de mensuração, sobretudo no Brasil. A Attitude Toward Patient Advocacy Scale (APAS) é um instrumento de avaliação que mensura de modo abrangente as atitudes de enfermeiros em relação à advocacia do paciente. Até o momento, não existe no Brasil uma versão da APAS para uso por enfermeiros da Atenção Básica. Objetivos: Realizar a adaptação cultural para o contexto brasileiro e a validação de conteúdo e de processo de resposta do instrumento Attitude Toward Patient Advocacy Scale para medir as atitudes de enfermeiros em relação à advocacia do paciente na Atenção Básica. Método: Estudo psicométrico de adaptação transcultural e validação de conteúdo do instrumento APAS. O estudo foi norteado pelas seguintes etapas: 1) tradução direta compreendida por duas traduções diretas simultâneas (T1 e T2); 2) síntese ou reconciliação das traduções; 3) retrotradução ou back-translation; 4) revisão da retrotradução por meio dos autores originais; 5) revisão por meio do comitê de especialistas; 6) revisão da pré-finalização; 7) finalização; 8) harmonização; 9) formatação e prova de leitura; 10) debrifieng cognitivo ou testagem cognitiva e validação linguística e 11) análise dos comentários e revisão final. Foram realizados dois comitês de especialistas, diferentes entre si, sendo o primeiro foi composto por cinco especialistas para as análises da equivalência linguística e o segundo, composto por 17 especialistas, para a validade de conteúdo. Os dados obtidos a partir da avaliação dos especialistas foram analisados por meio da Razão de Validade de Conteúdo (CVR). A etapa da testagem cognitiva (processo de resposta) foi realizada com 30 enfermeiros da Região de Saúde Oeste do Distrito Federal, e os dados analisados qualitativamente. Resultados: A versão brasileira da APAS mantém equivalência linguística em comparação à escala original, sendo que todos os itens alcançaram o CVR crítico de 1,00. Em relação ao conteúdo, os 64 itens do instrumento foram considerados claros, relevantes e pertinentes pelo painel de especialistas ao final da análise, sendo que três itens tiveram o CVR crítico, em relação à clareza, abaixo do ponto de corte de 0,529. Em relação ao processo de resposta, verificou-se que os itens foram considerados claros e compreensíveis pela quase totalidade dos enfermeiros. Conclusão: A versão brasileira da Escala apresentou evidências de validade de conteúdo e de processo de respostas satisfatórias, porém necessita de estudos futuros que analisem as evidências de validade da estrutura interna, relação com outras variáveis e consequência do uso para mensuração das atitudes dos enfermeiros brasileiros em relação à advocacia do paciente na Atenção Básica. |