Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Costa, Denise Barreiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-29082016-101902/
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Resumo: |
Introdução: A correta localização do sítio de obstrução nas vias aéreas superiores (VAS) possibilita melhores resultados de tratamento para os pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). A endoscopia com sono induzido (DISE) com propofol permite esta avaliação, mas o sono induzido pelo propofol altera a arquitetura do sono, abolindo a presença do sono REM (rapid eye movement). Objetivos: Avaliar as alterações promovidas pelo propofol nos principais parâmetros respiratórios por meio do exame de polissonografia (PSG) nos pacientes portadores de SAOS com predomínio no sono REM (SAOS-R). Descrever os achados da DISE nesses pacientes, comparando-os aos achados da manobra de Müller e às descrições na literatura. Casuística e Métodos: Foram estudados 12 indivíduos não obesos com SAOS-R (confirmado por PSG noturna diagnóstica recente), submetidos a dois exames polissonográficos diurnos, com e sem indução do sono com propofol. O propofol foi utilizado via endovenosa em infusão contínua e controlada por bomba de infusão alvocontrolada (Diprifusor®). Os parâmetros comparados entre os exames foram: IAH (índice de apneia e hipopneia), IA (índice de apneia), IH (índice de hipopneia) e saturação de oxi-hemoglobina (SaO2) mínima e média. Além desses parâmetros, os sítios de obstrução das VAS encontrados na DISE foram comparados com os observados na avaliação ambulatorial com os indivíduos em estado de vigília. Resultados: Não foi evidenciado sono REM em nenhum exame realizado com propofol. O IAH, IA e IH do exame com propofol não apresentaram diferença estatística quando comparados com os exames diurnos sem indução e PSG noturna. A SaO2 média apresentou diferença estatística entre os três exames, sendo menor nas PSGs com indução do sono utilizando propofol, tanto em relação ao exame sem sedação (p<0,0001) quanto ao noturno (p=0,004). A SaO2 mínima foi semelhante entre as PSGs com sedação e noturnas, mas foi significativamente menor nos exames com sedação em relação aos sem sedação diurnos (p=0,011). Quando houve diferença significativa, esta ocorreu em torno de 2 a 3%. A análise de concordância para a classificação de VOTE (velum, oropharynx, tongue base and epiglottis) na avaliação ambulatorial e na DISE não demonstrou nenhuma concordância para todas as estruturas avaliadas (Kappa = - 0,029 em palato, 0,1 em orofaringe, 0,16 em base da língua e 0,0 em epiglote). Os resultados demonstraram que, apesar de o propofol influenciar a arquitetura do sono, abolindo o sono REM, os principais parâmetros utilizados na avaliação dos pacientes com SAOS-R, permaneceram inalterados, ou foram clinicamente irrelevantes. Conclusão: Assim, quando utilizado por infusão contínua, o propofol demonstrou ser uma droga segura na avaliação endoscópica dos indivíduos com SAOS-R para a determinação dos sítios de obstrução, acrescentando informações importantes para o correto tratamento. Ainda, a PSG sob sono induzido com propofol manteve os principais parâmetros ventilatórios em comparação à PSG sob sono espontâneo. |